Cardeal
Sarah: Revolucionários do gênero querem destruir a família cristã
ROMA,
21 Ago. 17 / 07:00 pm (ACI).- O Cardeal Robert Sarah, Prefeito da
Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, advertiu que os novos
revolucionários da ideologia do gênero querem destruir a família cristã porque
representa ”tudo o que odeiam”.
Assim
indicou o originário da Guiné (África) na Missa que
presidiu no domingo, 13 de agosto, por ocasião dos 700 anos das dioceses
francesas de Lucon e Maillezais, segundo informa Famille Chrétienne.
“Hoje,
mais do que nunca, os ideólogos da revolução querem aniquilar o lugar natural
da doação de si, da generosidade alegre e do amor. Quero falar da família! A
ideologia do gênero, o desprezo da fertilidade e da fidelidade são os diversos
lemas desta revolução. As famílias se converteram nos novos vandeanos a
exterminar”.
O Cardeal
lamentou que atualmente “planejem metodicamente o seu desaparecimento, como
aconteceu em La Vendée. Esses revolucionários se inquietam ante a generosidade
das famílias numerosas. Zombam das famílias cristãs porque elas representam
tudo o que eles odeiam”.
La Vendée
é uma região francesa onde os defensores da Revolução de 1789 assassinaram mais
de 100 mil católicos que se recusaram a unir-se a eles e foram assassinados de
formas especialmente cruéis entre 1793 e 1794.
O
genocídio contra os católicos, que tinham um exército consagrado ao Coração de
Jesus, é conhecido como “A Guerra de La Vandée”.
O Purpurado denunciou que os revolucionários da ideologia de gênero “estão
prontos para lançar na África as novas colonizações infernais para pressionar
as famílias e impor a esterilização, o aborto e a contracepção. África, como La
Vendée, resistirá!”.
“Em todos
os lugares, as famílias cristãs devem ser as alegres pontas de lança de uma
revolta contra esta nova ditadura do egoísmo! Agora está no coração de cada
família, de cada cristão, de todo homem de boa vontade, que surja uma Vendée
interior!”.
A
autoridade vaticana disse que “a alma dos mártires” de La Vendée “nos envolve
neste lugar. O que eles nos dizem? O que eles nos transmitem? Primeiramente, a
coragem”.
“Já é
hora, queridos irmãos, de ir contra o ateísmo prático que asfixia as nossas
vidas! Rezemos pelas famílias, coloquemos Deus em primeiro lugar. Uma família
que reza é uma família que vive! Um cristão que não reza, que não sabe dar um
lugar a Deus no silêncio e na adoração, acaba morrendo”.
O Cardeal
Sarah enfatizou que “os mártires vandeanos nos ensinam o sentido da
generosidade e do dom gratuito de si mesmo. Somente o amor generoso, o dom
desinteressado da vida,
pode vencer o ódio contra Deus e contra os homens, que é a origem de toda a
revolução. Os vandeanos nos ensinaram a resistir a todas essas revoluções”.
“Mostraram-nos
que diante das colonizações infernais, como aconteceu nos campos de extermínio
nazistas, diante dos gulags comunistas, como diante da barbárie islamista, não
há mais do que uma resposta: o dom de si mesmo, de toda a vida. Só o amor vence
ante os poderes da morte!”.
O
Purpurado africano exortou a não deixar que “desapareça de nós o dom generoso e
gratuito. Como os mártires de La Vendée, observemos a fonte do seu dom no
coração de Jesus”.
“Rezemos
para que uma grande e alegre Vendée interior se levante na Igrejae no mundo!”, concluiu.
O genocídio contra os católicos de La Vendée
O
genocídio perpetrado por partidários da Revolução Francesa que devastou a
região católica de La Vendée provocou mais de 100 mil mortes entre os anos 1793
e 1794.
Os
revolucionários não suportavam que a região católica não quisesse se submeter
às suas ideias e não queria se somar às guerras que iniciaram contra
Inglaterra, Espanha, Holanda e Itália; e que, além disso, tivesse organizado um
exército muito bom que estava consagrado ao Coração de Jesus, no qual os
soldados avançavam rezando o rosário.
A
crueldade dos revolucionários incluiu afogamentos em massa de mulheres,
assassinatos de crianças em fornos de pão, envenenamento da água de povoados
inteiros; entre outros horrores sofridos pelos católicos em nome da revolução.
Os
revolucionários usavam até mesmo os cadáveres dos falecidos para conseguir
gordura e pele, que era curtida na cidade de Meudon.
Entre as
diversas atrocidades sofridas pelos católicos está a aniquilação de um povoado
inteiro depois do envenenamento das suas águas – algo que fizeram em muitos
outros lugares. Os revolucionários reuniram todos os sobreviventes em uma
igreja, assassinaram com baioneta cerca de 600 pessoas, e logo depois
destruíram o templo.
Os
escombros do local foram removidos somente em 1863, quando enterraram os
cadáveres.
(acidigital)
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