Como distinguir um bom pastor de outro ruim?
Papa Francisco nos ensina
Vaticano, 30 Out.
17 / 11:00 am (ACI).-
O Papa Francisco assegura que um bom pastor é aquele que está perto das pessoas
feridas, necessitadas, assim como Jesus, e não como os fariseus que somente
pensavam em si mesmos.
Na sua homilia na
manhã de hoje, na capela da Casa Santa Marta, o Pontífice comentou o Evangelho
do dia em que Jesus cura uma mulher que não conseguia endireitar-se. “Foi uma
doença na coluna que há anos a obrigava a viver assim”, explicou o Papa.
“Um bom pastor
sempre está próximo”, exatamente o contrário dos fariseus, que “talvez
estivessem preocupados, quando acabava o serviço religioso, em controlar quanto
dinheiro havia nas ofertas”.
“Por isso, Jesus
sempre estava ali com as pessoas descartadas por aquele grupinho clerical:
estavam ali os pobres, os doentes, os pecadores e os leprosos; estavam todos
ali, porque Jesus tinha essa capacidade de se comover diante da doença, era um
bom pastor”.
“Um bom pastor que
se aproxima e tem a capacidade de se comover. Eu diria que a terceira
característica de um bom pastor é a de não se envergonhar da carne, tocar a
carne ferida, como fez Jesus com esta mulher: tocou, impôs as mãos, tocou os
leprosos, tocou os pecadores”.
Além disso, um bom
pastor não diz: “Sim, está bom. Sim, sim eu estou próximo a você no Espírito”,
porque “isso é distância. Mas fazer o que Deus Pai fez, aproximar-se, por
compaixão, por misericórdia, na carne de seu Filho”.
“Mas, aqueles que
seguem o caminho do clericalismo, aproximam-se de quem?”. “Aproximam-se
sempre ao poder de turno ou ao dinheiro. São pastores maus. Eles pensam apenas
como subir ao poder, ser amigos do poder, negociam tudo ou pensam nos bolsos.
Estes são hipócritas, capazes de tudo. O povo não tem importância para essas
pessoas. Quando Jesus lhes diz aquele adjetivo que utiliza muitas vezes com
eles, hipócritas, eles se ofendem: ‘Mas nós, não, nós seguimos a lei’”.
“É uma graça para
o povo de Deus ter bons pastores, pastores como Jesus, que não têm vergonha de
tocar a carne ferida, que sabem que sobre isso – e não apenas eles, mas também
todos nós – seremos julgados: estava com fome, estava na prisão, estava doente.
Os critérios do protocolo final são os critérios da proximidade, os critérios
dessa proximidade total, o tocar, o compartilhar a situação do povo de Deus”.
Francisco pediu
aos fieis não esquecerem que “o bom pastor está sempre perto das pessoas
sempre, como Deus nosso Pai se aproximou de nós, em Jesus Cristo feito carne”.
(acidigital)
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