"Diante da morte,
conservar a chama da fé"
Audiência Geral
Cidade do Vaticano (RV) – Na
audiência geral desta quarta-feira (18/10), o
Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses que vem fazendo sobre a
esperança cristã, refletindo sobre o tema ‘Felizes os mortos
que morrem no Senhor’.
Cerca de 30 mil pessoas
participaram do encontro na Praça São Pedro. Deficientes visuais, enfermos
e muitos peregrinos idosos vieram de várias cidades da Itália, tomando parte do
‘Dia dos avós’.
O Papa saudou
especialmente os grupos vindos do Brasil, em particular os fiéis da arquidiocese de Natal com o bispo, Dom
Jaime, e os da arquidiocese de Londrina, convidando todos a permanecer fiéis a Cristo Jesus,
como os Protomártires do Brasil.
“O Espírito Santo vos ilumine
para poderdes levar a Bênção de Deus a todos os homens. A Virgem Mãe vele sobre
o vosso caminho e vos proteja”.
“Hoje eu gostaria
de fazer uma relação entre a esperança cristã e a realidade da morte, uma
realidade que a nossa civilização moderna tende cada vez mais a cancelar.
Assim, quando chega a morte de alguém que nos é querido, ou a nossa
própria morte, nos encontramos despreparados”, disse o Papa,
iniciando a catequese.
Francisco mencionou
o trecho do Evangelho de João, quando a Marta, que chora pela morte de seu
irmão Lázaro, Jesus assegura: “Teu irmão ressuscitará, pois quem crê em Mim,
mesmo que tenha morrido, viverá”. “Eu não sou a morte; Eu sou a
ressurreição e a vida. Crês nisto?” – pergunta ele a
Marta.
O Papa lembrou que Jesus faz a
mesma pergunta a cada um de nós, sempre que a morte dilacera o tecido da vida e
dos afetos. Com a morte, a nossa existência toca o ápice, tendo diante de nós a
vertente da fé ou o precipício do nada.
A filha de Jairo e a dor do pai
O desafio que então nos lança
Jesus é continuar a crer. Assim fez Ele com Jairo, a quem acabam de comunicar que a
sua filha morreu, não há mais nada a fazer... de que serve incomodar o Mestre?!
Jesus ouve e apressa-se a tranquilizar Jairo: “Não tenhas receio; crê
somente!”.
O Senhor sabe que
aquele pai é tentado a deixar-se cair na angústia e no desespero, e
recomenda-lhe que conserve acesa a chamazinha que arde no seu coração: a fé.
“Não tenhas medo!
Continua a manter acesa a chama da fé!” E valeu? Sim; Jesus, chegando na casa dele, ressuscita a menina e entrega-a viva
aos pais. No caso de Lázaro, ressuscita-o quatro dias
depois de ele ter morrido; já estava sepultado. E Jesus manda-o sair do
túmulo”.
Concluindo, o Papa afirmou que a esperança cristã se apoia e se alimenta desta
posição que Jesus assume contra a morte. Por nós, nada podemos; ficamos
indefesos perante o mistério da morte.
“Não tenhas receio
– diz-nos Jesus –; crê somente!”. A graça de que necessitamos naquele momento –
uma graça imensa! – é conservar acesa no coração a chama da fé. Porque Jesus há
de vir, tomar-nos-á pela mão, como fez com a filha de Jairo, e ordenar-nos-á: “Levanta-te, ressuscita”.
(cm)
(radiovaticana)
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