"Atenção e vigilância,
pressupostos para fidelidade ao Senhor"
Angelus
de
Jackson Erpen
Cidade do Vaticano
(RV) – “Estar atentos e vigilantes são os pressupostos para não continuar a
“vagar afastados dos caminhos do Senhor”, perdidos em nossos pecados e em
nossas infidelidades”.
Na reflexão do Angelus deste I
Domingo do Advento, logo após seu retorno da Viagem Apostólica a Mianmar e
Bangladesh, o Papa Francisco refletiu sobre as características que uma pessoa
atenta, em resposta à exortação contida no Evangelho de Marcos, proposto pelo
Evangelho do dia.
“O Advento –
explicou o Papa - é o tempo que nos é dado para acolher o Senhor que vem ao
nosso encontro, para verificar o nosso desejo de Deus, para olhar em frente e
preparar-nos para o retorno de Cristo”, que vem a nós de diversas maneiras,
como na festa de Natal que recorda sua vinda histórica, mas também sempre que
estivermos “dispostos a recebê-lo”, e virá de novo no final dos tempos para
“julgar os vivos e os mortos”.
“Por isto
devemos sempre estar vigilantes e esperar o Senhor com a esperança de
encontrá-lo”, frisou.
Francisco
então, comentou algumas características de uma pessoa atenta. A primeira delas,
é que mesmo em meio ao “barulho do mundo”, não deixa-se tomar pela “distração
ou pela superficialidade, mas vive de maneira plena e consciente, com uma
preocupação voltada antes de tudo aos outros”:
“Com este
comportamento percebemos as lágrimas e as necessidades do próximo e podemos
perceber também neles as capacidades e as qualidades humanas e espirituais”.
Mas a pessoa atenta,
também se preocupa com o mundo, “buscando combater a indiferença e a
crueldade presente nele”, mas também alegrando-se pelos tesouros de beleza que
também existem e devem ser custodiados”:
“Trata-se
de ter um olhar de compreensão para reconhecer quer as misérias e as pobrezas
dos indivíduos e das sociedades, assim como para reconhecer a riqueza escondida
nas pequenas coisas de cada dia, precisamente ali onde nos colocou o Senhor”.
Mas a
pessoa vigilante, também acolhe o convite para vigiar, ou seja, “não deixar-se
dominar pelo sono do desencorajamento, da falta de esperança, da desilusão”:
“Ao mesmo
tempo, rejeita a solicitação de tantas vaidades de que o mundo está cheio e por
trás das quais, às vezes, são sacrificados tempo e serenidade pessoal e
familiar”.
O Papa
recorda a “dolorosa experiência do povo de Israel” - narrada pelo Profeta
Isaías – consequência de ter se afastado do caminho do Senhor:
“Também
nós nos encontramos muitas vezes nesta situação de infidelidade ao chamado do
Senhor: Ele nos indica o bom caminho, o caminho de fé, o caminho do amor,
mas nós buscamos a nossa felicidade em outro lugar”.
Por fim,
Francisco sublinha os pressupostos para não vagarmos “afastados dos caminhos do
Senhor”:
“Estar
atentos e vigilantes são os pressupostos para não continuar a “vagar afastado
dos caminhos do Senhor”, perdidos em nossos pecados e em nossas
infidelidades; estar atentos e vigilantes são as condições para permitir a Deus
irromper na nossa existência, para restituir a ela significado e valor com a
sua presença repleta de bondade e de ternura”.
Ao
concluir, o Pontífice pediu que “Maria Santíssima, modelo na espera do Senhor e
ícone da vigilância, nos guie ao encontro de seu filho Jesus, vivificando o
nosso amor por Ele”.
(radiovaticana)
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