“Atividades
demoníacas”
buscam destruir
o bem
Por Walter Sánchez Silva
VARSOVIA,
12 Jul. 18 / 06:00 pm (ACI).-
O enviado especial do Papa a Medjugorje, o Arcebispo polonês Henryk Hoser,
assegurou que nessa localidade se enfrentará as “forças do mal” que buscam
destruir o bem.
Foi
o que o Prelado indicou em 4 de julho, na Missa que presidiu no aeroporto Federico
Chopin de Varsóvia, antes de viajar a Medjugorje, onde realiza uma missão
encomendada pelo Vaticano exclusivamente pastoral e não relacionada com a
verificação das supostas aparições marianas.
“Vemos
como as forças do mal de mobilizam para evitar o bem. Entretanto, enfrentarei
essas forças em Medjugorje, onde há conversões em massa, confissões poderosas e
onde há também atividade demoníacas nesta área que tentam fazer todo o possível
para destruir. Neste lugar também se infiltraram as máfias”, disse o Arcebispo.
Segundo
indica o site da Diocese de Varsóvia-Praga, Dom Hoser disse que em Medjugorje,
por um lado, está o bem, por outro lado, o mal. Estas duas realidades estão em
oposição entre si e estão tentando se encarnar. Estamos constantemente entre
esses dois polos”.
O enviado
especial indicou que “não deveríamos ser ingênuos acerca desta realidade. Os
jovens necessitam da radicalidade evangélica, não de histórias aveludadas,
precisam da radicalidade evangélica que Jesus fala constantemente”.
Então, é necessário “buscar o bem e não o mal, para poder viver. O mal ataca
preferencialmente a vida. Odeie o mal e ame o bem”, exortou o
Prelado, Arcebispo Emérito de Varsóvia-Praga.
Na Missa
celebrada em 4 de julho, indica o site do Episcopado polonês, concelebraram com
Dom Hoser, o Bispo Auxiliar de Varsóvia-Praga, Dom Marek Solarczyk, e o capelão
nacional do serviço de saúde, Pe. Arkadiusz Zawistowski.
O jornal
italiano ‘Il Mattino’ assinala que quando o Arcebispo fala da máfia poderia se
referir à napolitana, conhecida como a "Camorra", que estaria
envolvida com alguns abrigos para peregrinos italianos e comércios em
Medjugorje.
Missão pastoral
Em
dezembro de 2017, Dom Hoser explicou que "podem organizar peregrinações de
oração a Medjugorje sem nenhum problema, desde que sejam espirituais e que não
estejam relacionadas às aparições da Virgem aos videntes".
Em abril
do mesmo ano, o Arcebispo sublinhou que existem mais de 600 vocações que
surgiram em Medjugorje, de fiéis provenientes de países como Estados Unidos,
Itália e Alemanha. Do mesmo modo, calculou que cerca de 2,5 milhões de
peregrinos chegam anualmente a este lugar na Bósnia-Herzegovina.
"Há
outra coisa importante que é a casa de retiro Domus Pacis. Há mais de mil
grupos que passaram por aqui, com mais de 42 mil participantes nos últimos
anos. Esses exercícios espirituais transformam as pessoas interiormente",
destacou o Prelado naquela ocasião.
Tudo isso
"mostra a intensidade da vida cristã em Medjugorje que pode ser aplicada a
outros lugares", acrescentou.
Em 11 de
fevereiro de 2017, a Sala de Imprensa da Santa Sé informou que o Papa Francisco
nomeou Dom Hoser como “enviado especial” a Medjugorje, com um objetivo
“estritamente pastoral”, e não pela suposta aparição mariana, tema que é
competência da Congregação para a Doutrina da Fé.
O enviado
“tem o objetivo de obter informações mais aprofundadas da situação pastoral
daquela realidade e, sobretudo, das exigências dos fiéis que chegam em
peregrinação e, com base nisso, sugerir eventuais iniciativas pastorais para o
futuro. Terá, portanto, um caráter exclusivamente pastoral”, assinalou o
Vaticano naquela ocasião.
(acidigital)
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