Neste
dia 3 de julho, é celebrado São Tomé, recordado por ter duvidado da
Ressurreição de Cristo até que o Senhor apareceu a ele, mostrando-lhe as chagas
e o Apóstolo fez uma profissão de fé, repetida muitas vezes até os dias de
hoje. Mais tarde, veio a morrer como um grande mártir.
No
Evangelho de São João (20,19-29), Jesus ressuscitado apareceu aos seus
discípulos quando as portas estavam trancadas, pôs-se no meio deles e
disse-lhes: “A paz esteja convosco”.
Nesta ocasião, Tomé não estava presente e,
quando seus companheiros lhe contaram que tinham visto o Senhor, ele duvidou.
“Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar
dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei”, disse.
Oito dias depois, quando todos estavam novamente no mesmo lugar, inclusive
Tomé, Jesus voltou a aparecer-lhes e repetiu a saudação: “A paz esteja
convosco”.
Depois disse a Tomé: “Introduz aqui o teu
dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas
homem de fé”. Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” Jesus disse: “Creste,
porque me viste. Felizes aqueles que creem sem ter visto”.
São Tomé era judeu, natural da Galileia e um
pescador. Jesus o escolheu como um dos doze Apóstolos e foi a ele quem o Senhor
fez uma revelação especial na Última Ceia.
“Disse-lhe Tomé: ‘Senhor, não sabemos para
onde vais. Como podemos conhecer o caminho?’ Jesus lhe respondeu: ‘Eu sou o
caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim’” (Jo
14,5-6).
São Tomé pregou na Pérsia e região ao redor,
Índia e Etiópia. A tradição diz que foi vendido como escravo para o rei indiano
Gundafar, que buscava um arquiteto para construir seu palácio e sabia que o
santo era conhecedor desta técnica.
O Apóstolo pregou para a filha do rei sobre
as vantagens da castidade e, por isso, foi aprisionado, mas milagrosamente
escapou da prisão. No entanto, morreu como mártir na costa de Coromandel
(Madrás - Índia). Ali foi descoberto seu corpo com marcas de lanças.
Séculos depois, seus ossos foram levados
para Edessa e atualmente encontram-se na Catedral de Ortona (Itália).
É representado com uma lança ou um cinturão,
porque se diz que, depois da Assunção de Maria, foi ao sepulcro dela e pegou o
cinturão da Virgem que estava lá e que hoje é venerado na Catedral de Prato
(Itália).
(acidigital)
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