É um problema que se
antecede à demência e pode ser sinal de Alzheimer.
Entre o envelhecimento natural e a demência,
diversos idosos apresentam défice cognitivo ligeiro. Um problema que se
carateriza por “perda das capacidades cognitivas superior ao que é esperado
para a idade da pessoa”, como começa por explicar Joaquim Cerejeira, psiquiatra
e diretor clínico da Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra, num artigo de
opinião enviado para o Notícias ao Minuto.
Ainda que as origens para este tipo de défice não sejam
conhecidas por completo, aponta-se como causa os mesmos
motivos que a demência (idade, histórico familiar de demência, diabetes, tensão
arterial elevada e colesterol elevado) aos quais se junta um estilo de
vida pouco saudável, que se reflete em aspetos como obesidade e tabagismo.
Este tipo de défice deve ser identificado através de uma
avaliação neuropsicológica, como refere o psiquiatra, que pode passar por um
exame de imagens ao cérebro e análises ao sangue, ou apenas a “um conjunto de
testes e procedimentos estandardizados e já validados”.
É esta avaliação neuropsicológica que vai permitir o
acompanhamento do paciente e “monitorizar a evolução deste declínio cognitivo”,
aponta o especialista, que refere que “ao implementar
estratégias de reabilitação personalizadas”, é possível “otimizar o
funcionamento quotidiano e prolongar a independência e autonomia da
pessoa”.
Confirmadas as suspeitas da doença, o paciente pode ser
identificado em um de dois tipos de défice cognitivo ligeiro: o amnésico, “que
se carateriza sobretudo por alterações ao nível da memória” e o não-amnésico,
“que compromete uma ou mais das restantes capacidades cognitivas que não a
memória, nomeadamente a atenção, linguagem, funções exectivas e o processamento
de informação visual e espacial”, explica Joaquim Cerejeira.
Independentemente de se identificar um ou outro caso de demência
cognitiva, e ainda que não aconteça em todos os casos, é possível que o défice cognitivo ligeiro evolua para um caso de
Alzheimer ou
outro tipo de demência. Segundo Joaquim Cerejeira, “a estimulação cognitiva
(exercitar a memória) e a adoção de um estilo de vida saudável (alimentação
equilibrada e prática de exercício físico)” serão as melhores formas de atrasar
ou mesmo prevenir o desenvolvimento desta perturbação.
(noticiasaominuto.com)
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