Bento XVI acenou ao 20.º aniversário da “Revolução de veludo”, que marcou o fim do regime comunista, em que “a circulação de ideias e movimentos culturais era rigidamente controlada”.
“Uno-me a vós e aos vossos vizinhos para dar graças pela vossa libertação daquele regime opressivo”, disse.
Para o Papa, a queda do muro de Berlim foi um marco na história mundial e ainda mais para os países da Europa Central e de Leste, “tornando-as capazes de assumir o lugar que as espera no consenso das Nações, na qualidade de actores soberanos”.
Mostrando que esta viagem tem uma particular carga simbólica, Bento XVI sublinhou no seu primeiro discurso que o território checo, ao longo da história, foi uma “encruzilhada entre norte e sul, este e oeste, um ponto de encontro para povos, tradições e culturas diversas”.
“Daqui nasce o papel significativo que as terras checas desempenharam na história intelectual, cultural e religiosa da Europa, por vezes como um campo de batalha, mais geralmente como uma ponte”, acrescentou.
A importância da presença católica em território checo e a memória dos “mártires corajosos” que morreram em nome da sua fé foi destacada pelo Papa, que falou de uma “tragédia particular” quando se referiu ao tempo em que o governo do país quis “calar a voz da Igreja”.
“No curso da vossa história, houve muitos mártires corajosos cuja fidelidade a Cristo se fez ouvir com voz mais clara e eloquente do que a dos seus executores”, indicou, assinalando o 40.º aniversário da morte do Cardeal Josef Beran, Arcebispo de Praga.
Bento XVI referiu-se ainda ao mote da bandeira presidencial, “Pravda Vítezí – A Verdade vence”, deixando votos de que “a luz da verdade continue a guiar esta nação”.
Por seu lado, o presidente da República Checa, Václav Klaus, lembrou as visitas de João Paulo II (1990, 1995 e 1997), pouco depois da queda do regime comunista, e disse que o país recebe este Sábado “uma das autoridades e espirituais mais distintas do mundo”.
(Ag Ecclesia)
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