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Leitura da 1ª Carta de João (4, 7-10)
7*Caríssimos,
amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo aquele que ama
nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus. 8*Aquele que não ama não chegou
a conhecer a Deus, pois Deus é amor. 9*E o amor de Deus manifestou-se desta
forma no meio de nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que, por
Ele, tenhamos a vida. 10*É nisto que está o amor: não em termos sido nós a amar
a Deus, mas em ser Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de
expiação pelos nossos pecados.
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João, que já
falou sobre o amor, volta agora a falar dele numa perspectiva mais positiva
(cf. 3, 11.15.22). O amor é necessário porque «o amor vem de Deus» (v. 7) e
porque «Deus é amor» (v. 8). Porque a identidade de Deus é o amor, Deus ama,
perdoa, dá-se em nós. Todo o autêntico amor humano encontra fundamento no amor
de Deus. Quem ama é gerado por Deus e conhece-O (cf. v. 7).
Se o amor é a
essência de Deus, só temos um caminho para chegar a Deus: amar. Mas não se
trata de amar como pensavam os gnósticos ou os inimigos da comunidade joânica,
que julgavam amar a Deus porque sentiam a necessidade de O conhecer. A natureza
do amor, para João, consiste no facto de que Deus nos amou «por primeiro», por
sua iniciativa gratuita. Este amor manifestou-se na Incarnação do Filho, sem a
qual continuaríamos pobres e incapazes de conhecer o amor verdadeiro e de
termos a vida (vv. 9-10; Rm 3, 25; 5, 8; 2 Cor 5, 21). O amor que Jesus mostrou
por nós foi um amor concreto, desinteressado, dedicado e libertador. Chegou ao dom
da própria vida. O nosso amor por Deus é sempre resposta a essa iniciativa do
Pai. E, só conhece o Pai, aquele que percorre o caminho que leva ao amor do
irmão (cf. Mc 12, 29-31): «Nisto reconhecerão que sois meus discípulos, se vos
amardes uns aos outros» (Jo 13, 35).
(Dehonianos)
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