Há dias ouvi uma notícia na TV de um casal a quem os
serviços públicos haviam tirado os filhos pelo facto de, técnicos da área
social, considerarem não terem as condições adequadas ao normal desenvolvimento
dos mesmos.
As crianças foram levadas a uma instituição, para serem
adoptadas.
Ainda, ao que parece, teria sido proposto – prefiro dizer
assim -, à mãe das crianças que se submetesse a uma laqueação de trompas para
resolver, cabalmente, a situação da procriação.
Comecei a trabalhar na década de setenta e muitos eram os
casos de menores socialmente desajustadas “entregues” a Instituições ... Só que o problema não eram elas. O problema permanecia
lá, no lugar onde moravam porque os causadores dos mesmos continuavam a causar
danos a outras. Estes, é que deveriam entrar nas instituições. Mas as leis, ou não
existiam, ou eram só para constar! Protegia-se o prevaricador e afins...
Mas nesse tempo já íamos de norte a sul do país visitar as
famílias, entidades particulares e serviços de apoio social local, no sentido
de se estudar e apoiar, compreender a problemática existente, a fim de se
intervir na mudança/promoção psico-sócio-familiar do agregado familiar e do
meio social onde estavam inseridos, respeitando sempre a sua dignidade de
pessoa humana, baseada na Carta dos Direitos Humanos.
Todo este trabalho visava o retorno dos filhos ao Lar: à sua
família nuclear.
Foi esta a formação que recebi, foi esta a prática que
exerci. O Instituto onde me formei em Coimbra era de cariz cristão e talvez por
isso os “valores” orientavam a nossa praxis.
Passaram-se mais de quarenta anos! Os pareceres agora
apresentados induzem a opinião pública a concordar com as decisões tomadas. Que
diferença, no pensar e no agir!
Os “poderes” querem resolver os problemas da maneira mais
fácil, por isso estão pouco solidários no que concerne à defesa da dignidade
humana, dos direitos à vida, a ter uma família, trabalho, religião... A
sociedade está descristianizada!
O ser humano ao nascer trás a marca da religiosidade, da
transcendência. Ao afastar-se de Deus, o homem desorienta e não é feliz.
Não afastem Deus da vossa vida! Ele é que nos dá o
discernimento necessário para tomarmos as decisões corretas.
TEM UM BOM DIA
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