quarta-feira, 31 de julho de 2013
Mais uma manhã de praia.
Hoje, a manhã estava radiosa, cheia de sol, só que de vez em
quando passava uma minúscula nuvem escura da qual caiam uns pingos de chuvisco.
De resto a brisa até que sabia bem... , mas a água, de um azul forte estava
fria demais para o meu gosto.
Estreei uma cadeirinha de praia muito cómoda
e leve de transportar; sentada, dava para contemplar tudo o que se passava nesta
praia. E olha que deu para, no espaço de pouco mais de uma hora apreciar muitas
vivências!
Aqui, fala-se muito alto; então dá para ouvir o que se passa
até à orla marítima. Por isso partilho alguma coisa que ouvi:
Uma mãe muito nova comenta com outra que trouxe tudo para o
seu bebé: lenços húmidos, fralda, creme, toalha... oh! só lhe faltava uma
coisa: água!!!
Uma avó chega à praia com o netinho de sete meses e começa a
despi-lo até ficar nu. Pega-lhe ao colo, leva-o para o mar e chapa-lhe com aquela água
fria para cima do corpo. A criança reage com uma choradeira ensurdecedora. A
avó admira-se da reação e comenta com a amiga que não compreende por que ele
fez isso... Ao chegar ao guarda-sol, embrulhou-o numa toalha e ele calou-se de
imediato!!!
Chegou uma família jovem: pai, mãe e filho de cerca de nove
anos. Bem dispostos com as mãos a abanar, porque a mãe vinha derreada com um
saco de pano às costas, com três enormes toalhas, óculos para o mar, merenda...
Contenda entre irmãos por causa das toalhas, das sandes...
Gritam, barafustam e “ninguém” lhes acode!
Ao longe, dentro da água ouvi risos e chilreios de um bebé com
o seu fatinho de banho, que se deleitava com a sua mãe a chapinhar na água. Foi
muito bonito ver a alegria daqueles dois.
Também lá estava o grupo de um “colégio” talvez de “tempos
livres” acompanhados por umas meninas. É impressionante ver a exibição do falar alto cheio de prepotência,
de autoritarismo! a falta de carinho como tratavam aquelas crianças! até uma
chegou a apertar o braço a um rapaz.
Só estou a narrar, não a comentar ou a fazer juízos. Esta é
a rotina. Esta foi mais uma manhã de praia.
TEM UM BOM DIA
terça-feira, 30 de julho de 2013
PAPA AGRADECE AO SENHOR TANTA MISERICÓRDIA...
Papa põe bola da JMJ em altar durante oração em Igreja de Roma
O Papa Francisco colocou uma bola no altar nesta segunda-feira, 29, ao chegar para rezar diante da imagem de Santa Maria, protetora do povo de Roma, na basílica de Santa Maria Maggiore.
O Pontífice já havia rezado no local antes da viagem ao Rio, onde participou da Jornada Mundial da Juventude.
Ele colocou no altar a bola e uma camiseta, que recebeu de jovens participantes da Jornada.
Da redação do Portal Ecclesia.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Encontro Vocacional do Caminho Neocatecumenal no Rio de Janeiro
29.07.2013 – Rio de Janeiro
Na
segunda-feira 29 de julho, após a participação do Papa Francisco nos atos
centrais da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, o Caminho
Neocatecumenal celebrará um encontro com mais de 40 mil jovens de todo o mundo
(15 mil do Brasil) e no qual estarão presentes os iniciadores e responsáveis
internacionais desta realidade eclesial.
O
encontro terá lugar no Centro de Convenções Rio Centro, Pavilhão número 4,
Avenida Salvador Allende, 6555, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Está previsto
que inicie às 14h30min e será presidido pelo arcebispo de Rio de Janeiro, D.
Orani João Tempesta. O encontro também contará com a presença de vários
cardeais e de mais de cinquenta bispos.
No
final do encontro será realizado um pedido aos jovens que se sintam chamados ao
sacerdócio e à vida consagrada para que subam até o palco e recebam a bênção
dos bispos. O Caminho Neocatecumenal é uma das realidades que com maior
entusiasmo leva adiante a Nova Evangelização, seguindo atentamente as
diretrizes do Concílio Vaticano II.
Serviço
O Caminho Neocatecumenal deseja convidar os meios de comunicação para participar em dito encontro e dar cobertura àqueles que o precisarem. Com a finalidade de facilitar o máximo possível o seu trabalho, enviamos um breve dossier com informação sobre esta realidade eclesial e sobre o encontro que será celebrado na segunda-feira 29.
O Caminho Neocatecumenal deseja convidar os meios de comunicação para participar em dito encontro e dar cobertura àqueles que o precisarem. Com a finalidade de facilitar o máximo possível o seu trabalho, enviamos um breve dossier com informação sobre esta realidade eclesial e sobre o encontro que será celebrado na segunda-feira 29.
(www.jovensconectados.org.br)
Papa Francisco contra a marginalização dos homossexuais
Na sua primeira conferência de imprensa, a bordo do avião que o
transportava de regresso ao Vaticano depois de uma semana no Brasil, o Papa
Francisco lamentou a discriminação contra os homossexuais e disse que os gays “não devem ser julgados nem
marginalizados” mas antes “integrados na sociedade”.
“Se
uma pessoa que procura Deus de boa vontade, e é gay,quem
sou eu para a julgar?”, replicou o Papa, na resposta a uma questão sobre a
existência do alegado lobby gay no
Vaticano. “Escreve-se muito sobre esse lobby, mas ainda não vi ninguém no
Vaticano com um cartão a dizer que é gay”, brincou Francisco.
Mas em palavras mais sérias, e que marcam uma clara diferença da
posição mais conservadora do seu antecessor, Bento XVI, o Papa Bergoglio disse
que “há uma distinção entre o facto de uma pessoa ser gay e o facto de fazer lobby. O
problema não é ter essa orientação, o problema é fazer lobby em função dessa
orientação”.
O Papa lembrou que “o catecismo da Igreja Católica diz muito
claramente que os homossexuais não devem ser marginalizados [por causa da sua
orientação] mas devem ser integrados na sociedade”. Mas também recordou que a
doutrina entende os actos homossexuais como um pecado.
A pergunta tinha a ver com um caso tornado público no âmbito da
fuga de documentos secretos do Vaticano – o chamadoVatileaks –,e
que envolve o monsenhor Battista Ricca, alegadamente uma das figuras centrais
do suposto lobby gayque tinha sido nomeado para dirigir
o banco do Vaticano.
“Em relação ao monsenhor Ricca, foi feito o que manda o Direito
Canónico: foi aberta uma investigação, que não corresponde com o que se tem
publicado. Não encontrámos nada”, informou o Papa.
Não à ordenação das mulheres
De resto, e durante quase uma hora e meia, o Papa respondeu a uma série de perguntas, sem guião e com candura. Por exemplo, sobre o aborto ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, “dois temas sobre os quais ainda não se pronunciou”, notou o jornalista. “A Igreja já se expressou perfeitamente sobre isso, não me parece necessário voltar ao caso quando existe uma doutrina clara”, justificou Francisco, acrescentando em jeito de clarificação que “sou filho da Igreja, a minha postura é a mesma”.
De resto, e durante quase uma hora e meia, o Papa respondeu a uma série de perguntas, sem guião e com candura. Por exemplo, sobre o aborto ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, “dois temas sobre os quais ainda não se pronunciou”, notou o jornalista. “A Igreja já se expressou perfeitamente sobre isso, não me parece necessário voltar ao caso quando existe uma doutrina clara”, justificou Francisco, acrescentando em jeito de clarificação que “sou filho da Igreja, a minha postura é a mesma”.
Quanto à possibilidade da ordenação de mulheres, o Papa
sublinhou que essa “porta foi fechada” por João Paulo II. Mas apesar de recusar
a sua ordenação, Francisco reconheceu que as mulheres têm um papel activo: “Uma
Igreja sem mulheres é como o colégio dos apóstolos sem Maria”, acrescentando
que a mãe de Jesus “é mais importante que os bispos”, cita a AFP.
No que diz respeito às pessoas que se casam depois de um
divórcio, Francisco respondeu que essa é uma reflexão a fazer no âmbito da
pastoral para o casamento e que os oito cardeais que nomeou para esse conselho
devem apresentar propostas. “É sempre um tema e agora chegou o tempo da
misericórdia, uma mudança de época”, avisou. Os divorciados podem comungar, o
problema são as segundas uniões, acrescentou.
(news.google.pt)
domingo, 28 de julho de 2013
ENCERRAMENTO DAS JMJ 2013 COM O "ENVIO"
Homilia do Papa Francisco na missa de envio da Jornada Mundial da Juventude
Homilia do Papa Francisco
Santa Missa pela XXVIII Jornada Mundial da Juventude
Rio de Janeiro
Domingo, 28 de julho de 2013
Venerados e amados Irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Queridos jovens!
«Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Com estas palavras, Jesus se dirige a cada um de vocês, dizendo: «Foi bom participar nesta Jornada Mundial da Juventude, vivenciar a fé junto com jovens vindos dos quatro cantos da terra, mas agora você deve ir e transmitir esta experiência aos demais». Jesus lhe chama a ser um discípulo em missão! Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Três palavras: Ide, sem medo, para servir.
1. Ide. Durante estes dias, aqui no Rio, vocês puderam fazer a bela experiência de encontrar Jesus e de encontrá-lo juntos, sentindo a alegria da fé. Mas a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde. A fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história (cf. Rm 10,9).
Mas, atenção! Jesus não disse: se vocês quiserem, se tiverem tempo, mas: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Partilhar a experiência da fé, testemunhar a fé, anunciar o Evangelho é o mandato que o Senhor confia a toda a Igreja, também a você. É uma ordem sim; mas não nasce da vontade de domínio ou de poder, nasce da força do amor, do fato que Jesus foi quem veio primeiro para junto de nós e nos deu não somente um pouco de Si, mas se deu por inteiro, deu a sua vida para nos salvar e mostrar o amor e a misericórdia de Deus. Jesus não nos trata como escravos, mas como homens livres, amigos, como irmãos; e não somente nos envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor.
Para onde Jesus nos manda? Não há fronteiras, não há limites: envia-nos para todas as pessoas. O Evangelho é para todos, e não apenas para alguns. Não é apenas para aqueles que parecem a nós mais próximos, mais abertos, mais acolhedores. É para todas as pessoas. Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor.
De forma especial, queria que este mandato de Cristo -”Ide” – ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos Bispos. O Brasil, a América Latina, o mundo precisa de Cristo! Paulo exclama: «Ai de mim se eu não pregar o evangelho!» (1Co 9,16). Este Continente recebeu o anúncio do Evangelho, que marcou o seu caminho e produziu muito fruto. Agora este anúncio é confiado também a vocês, para que ressoe com uma força renovada. A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido!
2. Sem medo. Alguém poderia pensar: «Eu não tenho nenhuma preparação especial, como é que posso ir e anunciar o Evangelho»? Querido amigo, esse seu temor não é muito diferente do sentimento que teve Jeremias, um jovem como vocês, quando foi chamado por Deus para ser profeta. Acabamos de escutar as suas palavras: «Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, sou muito novo». Deus responde a vocês com as mesmas palavras dirigidas a Jeremias: «Não tenhas medo… pois estou contigo para defender-te» (Jr 1,8). Deus está conosco!
«Não tenham medo!» Quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: «Eu estou com vocês todos os dias» (Mt 28,20). E isto é verdade também para nós! Jesus não nos deixa sozinhos, nunca lhes deixa sozinhos! Sempre acompanha a vocês!
Além disso, Jesus não disse: «Vai», mas «Ide»: somos enviados em grupo. Queridos jovens, sintam a companhia de toda a Igreja e também a comunhão dos Santos nesta missão. Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes, descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos. Jesus não chamou os Apóstolos para viver isolados, chamou-lhes para que formassem um grupo, uma comunidade. Queria dar uma palavra também a vocês, queridos sacerdotes, que concelebram comigo esta Eucaristia: vocês vieram acompanhando os seus jovens, e é uma coisa bela partilhar esta experiência de fé! Mas esta é uma etapa do caminho. Continuem acompanhando os jovens com generosidade e alegria, ajudem-lhes a se comprometer ativamente na Igreja; que eles nunca se sintam sozinhos!
3. A última palavra: para servir. No início do salmo proclamado, escutamos estas palavras: «Cantai ao Senhor Deus um canto novo» (Sl 95, 1). Qual é este canto novo? Não são palavras, nem uma melodia, mas é o canto da nossa vida, é deixar que a nossa vida se identifique com a vida de Jesus, é ter os seus sentimentos, os seus pensamentos, as suas ações. E a vida de Jesus é uma vida para os demais. É uma vida de serviço.
São Paulo, na leitura que ouvimos há pouco, dizia: «Eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível» (1 Cor 9, 19). Para anunciar Jesus, Paulo fez-se «escravo de todos». Evangelizar significa testemunhar pessoalmente o amor de Deus, significa superar os nossos egoísmos, significa servir, inclinando-nos para lavar os pés dos nossos irmãos, tal como fez Jesus.
Ide, sem medo, para servir. Seguindo estas três palavras, vocês experimentarão que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe alegria. Queridos jovens, regressando às suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho. Na primeira leitura, quando Deus envia o profeta Jeremias, lhe dá o poder de «extirpar e destruir, devastar e derrubar, construir e plantar» (Jr 1,10). E assim é também para vocês. Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo. Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, lhes acompanhe sempre com a sua ternura: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Amém.
VIGÍLIA COM OS JOVENS - JMJ 2013
Discurso do Papa Francisco na Vigília de Oração em
Copacabana – 27/07/13
SÁBADO, 27 DE JULHO DE 2013,
22H20
Viagem Apostólica ao Brasil
Discurso do Papa Francisco
Vigília com os jovens na Praia de Copacabana
Sábado, 27 de julho de 2013
Discurso do Papa Francisco
Vigília com os jovens na Praia de Copacabana
Sábado, 27 de julho de 2013
Queridos jovens,
Olhando
para vocês presentes aqui hoje, me vem a mente a história de São Francisco de
Assis. Diante do Crucifixo, ele escuta a voz de Jesus que lhe diz: «Francisco,
vai e repara a minha casa». E o jovem Francisco responde, com prontidão e
generosidade, a esta chamado do Senhor: repara a minha casa. Mas qual casa? Aos
poucos, ele percebe que não se tratava fazer de pedreiro para reparar um edifício
feito de pedras, mas de dar a sua contribuição para a vida da Igreja;
tratava-se de colocar-se ao serviço da Igreja, amando-a e trabalhando para que
transparecesse nela sempre mais a Face de Cristo.
Também
hoje o Senhor continua precisando de vocês, jovens, para a sua Igreja. Querido
jovens, o Senhor necessita de você. Também hoje ele chama a cada um de vocês
para segui-lo na sua Igreja, para serem missionários. Queridos jovens, o Senhor
hoje os chama. Não a muitos, mas a você, a você, a você, a você… a cada um.
Escutem-no no coração.
Penso
que podemos aprender com o que aconteceu nesses dias. Como tivemos que
cancelar, devido ao mau tempo, a realização desta vigília no Campus Fidei
(Campo da Fé), em Guaratiba, não estaria o Senhor querendo dizer-nos que o
verdadeiro Campo da Fé, o verdadeira Campus Fidei, não é um lugar geográfico,
mas somos nós?
Sim, é
verdade. Cada um de nós, cada um de vocês, eu, vocês, todos, que ser discípulos
missionários significa reconhecer que somos Campos da Fé de Deus. Por isso, a
partir da imagem do Campo da Fé, pensei em três imagens que podem nos ajudar a
entender melhor o que significa ser um discípulo missionário: a primeira, o
campo como lugar onde se semeia; a segunda, o campo como lugar de treinamento;
e a terceira, o campo como canteiro de obras.
1. O
campo como lugar onde se semeia. Todos conhecemos a parábola de Jesus sobre um
semeador que saiu pelo campo lançando sementes; algumas caem à beira do
caminho, em meio às pedras, no meio de espinhos e não conseguem se desenvolver;
mas outras caem em terra boa e dão muito fruto (cf. Mt 13,1-9). Jesus mesmo
explica o sentido da parábola: a semente é a Palavra de Deus que é lançada nos
nossos corações (cf. Mt 13,18-23). Queridos jovens, isso significa que o
verdadeiro Campus Fidei é o coração de cada um de vocês, é a vida de vocês. E é
na vida de vocês que Jesus pede para entrar com a sua Palavra, com a sua
presença. Por favor, deixem que Cristo e a sua Palavra entrem na vida de vocês,
e nela possam germinar e crescer.
Jesus nos
diz que as sementes, que caíram à beira do caminho, em meio às pedras e em meio
aos espinhos não deram fruto. Qual terreno somos ou queremos ser? Quem sabe se,
às vezes, somos como o caminho: escutamos o Senhor, mas na vida não muda nada,
pois nos deixamos aturdir por tantos apelos superficiais que escutamos; ou como
o terreno pedregoso: acolhemos Jesus com entusiasmo, mas somos inconstantes e
diante das dificuldades não temos a coragem de ir contra a corrente; ou somos
como o terreno com os espinhos: as coisas, as paixões negativas sufocam em nós
as palavras do Senhor (cf. Mt 13, 18-22). Mas, hoje, tenho a certeza que a
semente está caindo numa terra boa, sei que vocês querem ser um terreno bom,
não querem ser cristãos pela metade, nem “engomadinhos”, nem cristãos de
fachada, mas sim autênticos. Tenho a certeza que vocês não querem viver na
ilusão de uma liberdade que se deixe arrastar pelas modas e as conveniências do
momento. Sei que vocês apostam em algo grande, em escolhas definitivas que deem
pleno sentido para a vida. Jesus é capaz de oferecer-lhes isto. Ele é o
«caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6)! Confiemos n’Ele. Deixemo-nos guiar por
Ele!
2. O
campo como lugar de treinamento. Jesus nos pede que o sigamos por toda a vida,
pede que sejamos seus discípulos, que “joguemos no seu time”. Acho que a
maioria de vocês ama os esportes. E aqui no Brasil, como em outros países, o
futebol é uma paixão nacional. Ora bem, o que faz um jogador quando é convocado
para jogar em um time? Deve treinar, e muito! Também é assim na nossa vida de
discípulos do Senhor. São Paulo nos diz: «Todo atleta se impõe todo tipo de
disciplina. Eles assim procedem, para conseguirem uma coroa corruptível. Quanto
a nós, buscamos uma coroa incorruptível!» (1Co 9, 25). Jesus nos oferece algo
muito superior que a Copa do Mundo! Oferece-nos a possibilidade de uma vida
fecunda e feliz e nos oferece também um futuro com Ele que não terá fim: a vida
eterna. Jesus, porém, nos pede que treinemos para estar “em forma”, para
enfrentar, sem medo, todas as situações da vida, testemunhando a nossa fé.
Como? Através do diálogo com Ele: a oração, que é diálogo diário com Deus que
sempre nos escuta. através dos sacramentos, que fazem crescer em nós a sua
presença e nos conformam com Cristo; através do amor fraterno, do saber
escutar, do compreender, do perdoar, do acolher, do ajudar os demais, qualquer
pessoa sem excluir nem marginalizar ninguém. Queridos jovens, que vocês sejam
verdadeiros “atletas de Cristo”!
3. O
campo como canteiro de obras. Quando o nosso coração é uma terra boa que acolhe
a Palavra de Deus, quando se “sua a camisa” procurando viver como cristãos, nós
experimentamos algo maravilhoso: nunca estamos sozinhos, fazemos parte de uma
família de irmãos que percorrem o mesmo caminho; somos parte da Igreja, mais
ainda, tornamo-nos construtores da Igreja e protagonistas da história. São
Pedro nos diz que somos pedras vivas que formam um edifício espiritual (cf. 1Pe
2,5). E, olhando para este palco, vemos que ele tem a forma de uma igreja, construída
com pedras, com tijolos. Na Igreja de Jesus, nós somos as pedras vivas, e Jesus
nos pede que construamos a sua Igreja; e não como uma capelinha, onde cabe
somente um grupinho de pessoas. Jesus nos pede que a sua Igreja viva seja tão
grande que possa acolher toda a humanidade, que seja casa para todos! Ele diz a
mim, a você, a cada um: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações»! Nesta
noite, respondamos-lhe: Sim, também eu quero ser uma pedra viva; juntos
queremos edificar a Igreja de Jesus! Digamos juntos: Eu quero ir e ser
construtor da Igreja de Cristo!
No
coração jovem de vocês, existe o desejo de construir um mundo melhor.
Acompanhei atentamente as notícias a respeito de muitos jovens que, em tantas
partes do mundo, saíram pelas ruas para expressar o desejo de uma civilização
mais justa e fraterna. Mas, fica a pergunta: Por onde começar? Quais são os
critérios para a construção de uma sociedade mais justa? Quando perguntaram a
Madre Teresa de Calcutá o que devia mudar na Igreja, ela respondeu: você e eu!
Queridos
amigos, não se esqueçam: Vocês são o campo da fé! Vocês são os atletas de
Cristo! Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor.
Elevemos o olhar para Nossa Senhora. Ela nos ajuda a seguir Jesus, nos dá o
exemplo com o seu “sim” a Deus: «Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim
segundo a tua Palavra» (Lc 1,38). Também nós o dizemos a Deus, juntos com
Maria: faça-se em mim segundo a Tua palavra. Assim seja!
(Canção Nova)
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