21º DOMINGO DO TEMPO COMUM - C
Tema
A liturgia deste domingo propõe-nos o
tema da “salvação”. Diz-nos que o acesso ao “Reino” – à vida plena, à
felicidade total (“salvação”) – é um dom que Deus oferece a todos os homens e
mulheres, sem excepção; mas, para lá chegar, é preciso renunciar a uma vida
baseada nesses valores que nos tornam orgulhosos, egoístas, prepotentes,
auto-suficientes, e seguir Jesus no seu caminho de amor, de entrega, de dom da
vida.
Na primeira
leitura (Is 66, 18-21), um profeta não identificado
propõe-nos a visão da comunidade escatológica: será uma comunidade universal, à
qual terão acesso todos os povos da terra, sem excepção. Os próprios pagãos
serão chamados a testemunhar a Boa Nova de Deus e serão convidados para o
serviço de Deus, sem qualquer discriminação baseada na raça, na etnia ou na
origem.
No Evangelho
(Lc 13,22-30), Jesus – confrontado com uma pergunta
acerca do número dos que se salvam – sugere que o banquete do “Reino” é para
todos; no entanto, não há entradas garantidas, nem bilhetes reservados: é
preciso fazer uma opção pela “porta estreita” e aceitar seguir Jesus no dom da
vida e no amor total aos irmãos.
A segunda
leitura (Hb 12, 5-7.11-13) parece, à primeira vista,
apresentar um tema um tanto deslocado e marginal, em relação ao que nos é
proposto pelas outras duas leituras; no entanto, as ideias propostas são uma
outra forma de abordar a questão da “porta estreita”: o verdadeiro crente
enfrenta com coragem os sofrimentos e provações, vê neles sinais do amor de
Deus que, dessa forma, educa, corrige, mostra o sem sentido de certas opções e
nos prepara para a vida nova do “Reino”.
(dehonianos)
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