quarta-feira, 14 de março de 2018

Adeus ao astrofísico britânico Stephen Hawking


Hawking, recebido por 4 Papas no Vaticano, se tornou um dos cientistas mais conhecidos do mundo ao abordar temas como a natureza da gravidade e a origem do universo.
Cidade do Vaticano

Faleceu na noite de quarta-feira (14/03) em Cambridge, o físico e pesquisador britânico Stephen William Hawking, aos 76 anos. Era o cientista mais popular desde Albert Einstein: um gênio que desvendou segredos do universo enquanto lutava contra a doença degenerativa Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

O encontro com 4 Papas

Membro desde 1986 da Pontifícia Academia de Ciências, o cientista foi recebido por 4 Papas: Paulo VI em abril de 1975, João Paulo II em outubro de 1981, Bento XVI em outubro de 2008 e Francisco, em novembro de 2016.

Genialidade e fama precoces

Hawking nasceu em 8 de janeiro de 1942 em Oxford, na Inglaterra. Aos 8 anos se mudou para St. Albans, cidade localizada a cerca de 30 km de Londres. Foi professor de Matemática em Cambridge e dirigiu o departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica da mesma universidade. Em 1974 se tornou um dos mais jovens membros da Royal Society, com apenas 32 anos.

“ Muitos de seus trabalhos se concentraram em alinhar a relatividade à teoria quântica para explicar a criação e o funcionamento do Universo ”

Autor de 14 livros, sua obra mais popular foi "Um breve história do tempo", best-seller lançado em 1988 que detalhava a lógica dos buracos negros a todo o universo. Em 2014, a história de sua vida foi narrada no filme “A teoria de tudo”, vencedor de um Oscar.

Adaptação à doença

Hawking também se tornou um símbolo de determinação por ser portador da ELA e ter sobrevivido décadas. Aos 21 anos foi diagnosticado com a doença que acaba com os neurônios motores, as células nervosas responsáveis pelos movimentos do corpo e perdeu progressivamente sua capacidade de se mover, falar, engolir e até respirar.
A cadeira de rodas e a crescente dificuldade para se comunicar não o impediram, no entanto, de seguir sua carreira, já que sua capacidade intelectual permaneceu intacta. Dependente de um sistema de voz computadorizado para se comunicar, o astrofísico prosseguiu trabalhando até o fim, sem perder sua curiosidade e humildade diante dos mistérios da ciência. 

Morte em família

“Estamos profundamente entristecidos porque nosso querido pai faleceu. Era um grande cientista e um extraordinário homem cujo legado perdurará por muitos anos”, escreve a família, em nota.

“ Sua coragem e persistência, brilho e humorismo inspiraram pessoas em todo o mundo. Sentiremos sempre sua falta ”

Stephen Hawking faleceu ‘pacificamente’ em sua casa, circundado por seus três filhos Lucy, Robert e Tim.


(vaticannews)

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