Concelebraram com o Pontífice cerca de mil sacerdotes, bispos e
cardeais. Os sacerdotes renovaram seu compromisso; os óleos para os batizados e
unção dos doentes foram abençoados e o óleo do sacramento da confirmação
consagrado.
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco abriu
o Tríduo Pascal no Vaticano na manhã desta Quinta-feira Santa presidindo
a Missa do Crisma. Os sacerdotes renovaram seu compromisso e os
óleos dos Catecúmenos (usados nos batizados) e dos Enfermos (para a Unção dos
doentes) foram abençoados e o óleo do Crisma (usado no sacramento do Crisma)
consagrado.
Evangelizar estando
sempre próximo do povo: assim como Jesus – narra o Evangelho de Lucas – o padre
de hoje deve assumir este desafio e cumpri-lo. “Ser um pregador de estrada, um
mensageiro de boas novas”: em sua homilia, o Papa sugeriu aos padres esta
opção, que foi a de Deus:
“ A pedagogia da encarnação, da inculturação; não só nas
culturas distantes, mas também na própria paróquia, na nova cultura dos
jovens... ”
Estar
'sempre ' e falar com todos
Como definir um padre
como “próximo” das pessoas? Para Francisco, ele deve estar “sempre” perto e
“falar com todos”: com os grandes, com os pequenos, com os pobres, com aqueles
que não creem... assim como o Apóstolo Filipe, pregador de estrada, que ia de
terra em terra, anunciando a Boa-Nova da Palavra, inundando as cidades de
alegria.
“A proximidade é a chave
do evangelizador, porque é uma atitude-chave no Evangelho, mas é também a chave
da verdade”, ressaltou o Papa, lembrando que esta é também fidelidade e que não
devemos cair na tentação de fazer ídolos com algumas verdades abstratas.
Francisco improvisou e falou da 'cultura do ajetivo', um hábito 'feio'...
“Porque a ‘verdade-ídolo’
se mimetiza, usa as palavras evangélicas como um vestido, mas não deixa que lhe
toquem o coração. E, pior ainda, afasta as pessoas simples da proximidade
sanadora da Palavra e dos Sacramentos de Jesus”.
O
modelo da proximidade materna
E quem nos é mais próximo
do que a “Mãe”? Segundo o Papa, podemos invocá-La como “Nossa Senhora da
Proximidade”, que caminha conosco, luta conosco e aproxima-nos incessantemente
do amor de Deus, a fim de que ninguém se sinta excluído.
Francisco sugeriu para
meditação três âmbitos de proximidade sacerdotal que podem ressoar com o mesmo
tom materno de Maria no coração das pessoas com quem falamos: o âmbito do
acompanhamento espiritual, o da Confissão e o da pregação.
Diálogo,
confissão e pregação
No diálogo espiritual, o
Papa mencionou modelo o encontro do Senhor com a Samaritana: que soube trazer à
luz o pecado sem ensombrar a oração de adoração nem pôr obstáculos à sua
vocação missionária.
A passagem da mulher
adúltera foi o exemplo citado para a proximidade na Confissão: assim como
Jesus, usar o tom da verdade-fiel, que permita ao pecador olhar em frente e não
para trás. O tom justo do “não tornes a pecar” é o do confessor que o diz
disposto a repeti-lo setenta vezes sete.
Por último, a proximidade
do sacerdote no âmbito da pregação: “Quanto estamos próximos de Deus na oração
e quão próximo estamos do nosso povo na sua vida diária?”. A resposta do Papa
é:
“ Se te sentes longe de Deus, aproxima-te do seu povo, que te
curará das ideologias que te entorpeceram o fervor. As pessoas simples te
ensinarão a ver Jesus de outra maneira ”
E explicou que “o
sacerdote vizinho, que caminha no meio do seu povo com proximidade e ternura de
bom pastor (e, na sua pastoral, umas vezes vai à frente, outras vezes no meio e
outras vezes ainda atrás), as pessoas não só o veem com muito apreço; mas vão
mais além: sentem por ele qualquer coisa de especial, algo que só sente na
presença de Jesus”.
A
proximidade do 'sim'
Dirigindo-se diretamente
aos sacerdotes, Francisco elevou uma prece a Maria, “Nossa Senhora da
Proximidade” pedindo que mantenha os sacerdotes unidos no tom, “para que, na
diversidade das opiniões, se torne presente a sua proximidade materna, aquela
que com o seu «sim» nos aproximou de Jesus para sempre”.
(vaticannews)
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