As vozes dos jovens autores da Via Sacra no Coliseu
Entramos na escola Albertelli de Roma, onde estudam alguns dos
jovens que o Papa Francisco pediu para escrever as meditações da Via Sacra
deste ano. Greta, 18 anos: em Jesus sem roupa, vejo os migrantes que perdem
tudo e depois são despojados também de sua dignidade. Andrea Monda, professor
de religião: eles precisam de adultos críveis, que saibam escutá-los, mas
também que lhes permitam se exprimir”.
Alessandro
Di Bussolo, Silvonei José – Cidade do Vaticano
Na Sexta-feira Santa, o
Papa Francisco, os fiéis reunidos no Coliseu, e milhões de telespectadores
conectados em todo o mundo reviverão a Paixão de Cristo ajudados pelas suas
meditações nas 14 estações da Via Sacra: são jovens de 16 a 20 anos coordenados
por Andrea Monda, professor de religião jornalista e escritor. Entramos na
escola Albertelli de Roma e conversamos com quatro delas, quatro jovens que
estão se preparando para a Universidade.
Nos
textos da Via Sacra no Coliseu, a interioridade da juventude de hoje
Cecilia Nardini, que
escreveu a meditação da sexta estação, “Verônica enxuga o rosto de Jesus”, nos
diz que a mulher no Gólgota não presta atenção ao rosto deformado de Cristo,
mas o ajuda, enquanto no mundo de hoje as aparências são o que nos fazem julgar
uma pessoa. Sofia Russo, a colega que meditou sobre o encontro de Jesus com as
mulheres, da oitava estação, conta que não gosta da falta de clareza que existe
também entre “nós jovens, enquanto me chama a atenção - disse - como
Jesus adverte as mulheres não para julgá-las, mas para trazê-las de volta ao
caminho certo”.
Conversamos depois com
Greta Giglio, que refletiu sobre a décima estação e sobre Jesus, que é
despojado de suas vestes antes da crucificação. Em Jesus privado de tudo, até
da roupa, - diz a jovem -, vejo as pessoas que vêm até nós, “muitas vezes
privadas de suas casas e de todos os seus bens, e quando chegam aqui, também da
dignidade”.
Enfim,
para Greta Sandri, que meditou sobre Jesus pregado na Cruz, a décima primeira
estação, perguntamos o que ela teria feito se realmente estivesse em Jerusalém
naquele dia. “Condicionada pela multidão - ela confidencia - acho que também eu
o teria condenado, e depois me arrependeria. Talvez não teria a força para ver
imediatamente a verdade”.
Na conclusão, falamos
também com Andrea Monda, que coordenou o trabalho dos 15 autores, doze moços e
três moças. “Eles estão sozinhos em um mundo que os bombardeia com mensagens e
imagens - nos diz - e precisam de adultos críveis, que saibam escutá-los, mas
também que lhes permitam de se exprimir”.
(vaticannews)
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