Por Diego López Marina
REDAÇÃO
CENTRAL, 28 Mar. 18 / 06:00 am (ACI).- Como compreender o sofrimento humano
unido à Paixão de Cristo? O Arcebispo Emérito do México, Cardeal Norberto
Rivera, propõe estas 4 chaves:
1. Cristo sempre te guia pela mão diante do sofrimento
Em sua
homilia pela Missa de Domingo de Ramos ou Domingo da Paixão em
2017, o Cardeal Rivera disse que a “tragédia” da Paixão de Cristo “tem um
sentido e uma importância suprema”, porque em algum momento da nossa vida todos
nos “encontramos com a dor, o sofrimento e o desespero”.
“Não
necessitamos uma teoria, um conceito, mas alguém que nos guie pela mão, para
enfrentar esta situação de dor e sofrimento. Por isso, Cristo quer que o
aceitemos como um companheiro, deseja que o recebamos na nossa vida”, detalhou.
O
Purpurado assegurou que a Paixão é “o núcleo mais importante do Evangelho”,
porque nos ajudará a descobrir “o maior amor que já sentimos, será o grande
amor que nos levará a enfrentar essas situações tão dolorosas pelas quais
passamos ou sempre teremos que passar”.
2. Cristo ajuda a dar sentido à dor
O Arcebispo Emérito do México contou a história de um jovem que ele conheceu
quando era encarregado de um grupo de jovens. Deram um tiro no rapaz que o
deixou paralítico.
Um dia,
ao visitá-lo, o rapaz confessou que era feliz: “Não encontrava o sentido de
minha vida, por isso ia a muitas festas, vivia em pecado e nada me satisfazia;
agora encontrei o sentido da minha vida”.
O Cardeal
disse que uma história como essa “pareceria absurda”, entretanto, acrescentou
que Jesus pode ajudar qualquer pessoa a encontrar o sentido da dor.
“Cristo
quer nos convidar não só para que contemplemos o que aconteceu há 20 séculos,
Cristo quer nos levar a viver a sua paixão, essa paixão que não é um caso
encerrado, não é um julgamento que terminou, nem um arquivo fechado”.
3. Cristo continua sofrendo a paixão em cada
membro da Igreja
O Cardeal
Rivera indicou que “Cristo continua sofrendo, continua sofrendo em cada um dos
seus membros”.
“Continua
completando a Paixão de Cristo em tantos irmãos nossos que estão com fome, que
sofrem perseguição por causa da justiça, que sofrem na prisão, sofrendo
qualquer outra ‘dor’ ou contradição”.
4. Cristo é crucificado pela indiferença do
homem
O
Purpurado esclareceu que contemplar a paixão como alguém que olha de longe um
espetáculo, “pode ser perigoso”.
“Podemos
estar assumindo o papel daqueles que levaram Jesus ao sofrimento da cruz, ao
tormento, com as nossas decisões, com as nossas atitudes, os nossos
comportamentos diante dos outros irmãos, com decisões perversas, podemos estar
levando Cristo novamente ao sofrimento, à cruz”, indicou.
Além
disso, afirmou que poderíamos terminar como aquele “que lava as mãos, como
alguém que simplesmente está tomando decisões, pela fraqueza, ou não está
tomando decisões ante um Jesus que passa na nossa frente, sofrendo, perseguido,
crucificado”.
Finalmente,
o Cardeal Rivera disse que “a paixão de Jesus deve nos levar a enfrentar a dor
e o sofrimento, acompanhados por alguém que sofreu a dor mais profunda, que
aceitou a situação mais terrível que o ser humano pode ter, ou como dizemos,
‘que desceu aos infernos’”.
(acidigital)
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