DENVER,
30 Out. 18 / 07:00 am (ACI).-
Pe. Vincent Lampert, exorcista e pároco na Arquidiocese de Indianapolis, nos
Estados Unidos, afirmou em diálogo com a CNA – agência em inglês do Grupo ACI –
que os sacerdotes devem recordar as origens cristãs do Halloween e
fazer uma celebração consistente na Véspera de Todos os Santos “em vez de
glorificar o mal”.
“Em
última instância, não acredito que há nada de ruim que as crianças se fantasiem,
vistam-se de vaqueiro ou de Cinderela, pedindo doces nos seus bairros. É uma
diversão saudável”, disse Pe. Lampert.
O
sacerdote assegurou que o perigo está nas fantasias que glorificam o mal
deliberadamente e infundem o medo, ou quando as pessoas pretendem “ter poderes
especiais” através da magia e da bruxaria, mesmo por um simples entretenimento.
“No
capítulo 18 do livro do Deuteronômio, mencionam sobre não tentar consultar os
espíritos dos mortos, nem os espíritos que praticam magia, bruxaria ou atividades
relacionadas a elas. Isso seria uma violação de um mandamento da Igreja,
ao colocar outras coisas antes da relação com Deus”.
“E esse
seria o perigo do Halloween, que de alguma maneira Deus se perde em tudo isso,
que a conotação religiosa se perca e, finalmente, as pessoas glorifiquem o
mal”, acrescentou.
Também disse que é importante recordar que o diabo e os espíritos malignos não
têm nenhuma autoridade adicional no Halloween, embora pareça.
“O diabo
age através do que as pessoas fazem, não porque ele em si mesmo faça algo.
Talvez, pela maneira de celebrar esse dia, isso na verdade é o que convida o
mal a entrar em nossas vidas”, disse.
Finalmente,
Pe. Lampert assegurou que uma das melhores coisas que os sacerdotes podem fazer
é usar o Halloween como um momento de aprendizagem e explicar às crianças “por
que certas práticas não são favoráveis à nossa fé e identidade católica”.
Por outro
lado, Anne Auger, uma mãe católica de três filhos, natural do estado de
Wisconsin (Estados Unidos), disse à CNA que embora deixasse os seus filhos
vestir fantasias e pedir doces, ela sempre verifica as casas por onde eles
passarão, deste modo, evita que passem pelas casas que estão enfeitadas “com
coisas assustadoras”.
“No ano
passado, uma pessoa bateu na porta da minha casa vestida de lobo demoníaco. Às
vezes, as pessoas se vestem de bruxas e posso entender isso, mas isso foi um
nível totalmente novo, tão diferente de quando nós éramos pequenos”.
Também assegurou
que os pais devem ensinar aos seus filhos o significado do Halloween, sempre em
relação ao Dia de Todos os Santos.
“Nós
falamos com eles que estamos tendo uma festa porque celebramos os santos que
estão no céu, e por isso pedimos doces”, acrescentou.
Kate
Lesnefsky, outra mãe católica, com filhos de 3 a 16 anos, também permite que
eles escolham as suas fantasias para pedir doces, desde que não sejam
assustadoras ou tenham uma aparência demoníaca.
No dia
seguinte, leva os seus filhos à Missa de Todos os Santos e a família
aproveita esta oportunidade para falar sobre o que significa a morte e a
santidade.
“Eu tenho
uma irmã que morreu aos 19 anos. Então, falamos de diferentes pessoas que
sabemos que estão no céu, dos meus avós ou dos diferentes santos”, disse
Lesnefsky.
(acidigital)
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