Humanidade de Jesus sirva de modelo ao atender
crianças
O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira (21), no
Vaticano, 20 pediatras representantes da Federação Italiana que reúne mais de 5
mil médicos. No seu discurso, o Pontífice convidou a seguir o modelo de
humanidade e dedicação de Jesus na hora de atender as crianças e de se
relacionar com os pais – que procuram não só competência, mas segurança ao
cuidar do que têm de mais precioso.
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
O Papa Francisco recebeu
em audiência nesta quinta-feira (21), na Sala dos Papas, no Vaticano, uma
delegação de 20 médicos da Federação Italiana de Pediatras. A entidade, com 40
anos de atuação, apoia e tutela mais de 5 mil filiados, oferecendo suporte em
diferentes áreas, da assistência à previdência, da jurídica à econômica. O empenho
nos âmbitos da formação, da prevenção e da pesquisa renderam à Federação a
acreditação como sociedade científica.
O pedido do Papa por assistência médica solidária
No discurso, entregue aos
presentes, o Pontífice enalteceu a contribuição da Federação ao nascimento do
Serviço Nacional de Saúde da Itália, mas, sobretudo, a dedicação dos pediatras
do nascimento à adolescência, ”que exige conhecimento global do corpo humano e
das suas patologias”. Uma ampla gama de competências que também exige “uma
formação profunda de base e uma constante atividade de atualização” para que se
possa “promover uma cultura mais eficaz para proteger a saúde das pessoas, em
especial, dos pequenos”.
O Papa também se
demonstrou preocupado com as consequências do progresso desenfreado nesse
âmbito e, por isso, afirmou que é “urgente implementar um sério programa de
educação à saúde e a estilos de vida que respeitam o organismo”. Além disso,
encorajou os pediatras a trabalharem como “promotores de uma cultura e de uma
assistência médica solidária e inclusiva”, para diminuir as desigualdades que
afligem os mais vulneráveis e assegurar “assistência e prevenção, como direitos
da pessoa”.
A inspiração que vem de Jesus
Junto à competência
científica, Francisco então abordou a atenção dada às pessoas atendidas,
incentivando o dom da escuta, da compreensão e de inspirar confiança. Bem como
fazia Jesus:
“ Em virtude da fé que receberam, são chamados a tomar sempre
como modelo de humanidade e dedicação aos outros a pessoa de Jesus, fonte de proximidade
e ternura. Lendo e relendo frequentemente os textos do Evangelho em que Jesus
encontra e cura os doentes, vocês atingem a linfa sempre nova para o ser e o
agir de vocês. ”
Pediatras “treinados ao sorriso”
O Papa Francisco também
lembrou a relação primária que os médicos têm com os pequenos pacientes, mas
inclusive com os pais, que não buscam apenas competência médica, mas segurança
do ponto de vista humano ao cuidar do que eles têm de mais precioso na vida.
“Em relação às crianças
que atendem, elas são dotadas de antenas poderosas e captam rápido se estamos
bem dispostos ou se, ao contrário, estamos distraídos – porque talvez
gostaríamos de já ter terminado o turno, ou fazer tudo mais rápido ou ainda
encontrar um paciente que grite menos... Vocês também são homens e mulheres,
com as suas preocupações, mas sabemos que são também treinados ao sorriso,
necessário para dar coragem e para se abrir à confiança dos pequenos; assim os
remédios, então, são mais eficazes."
“ Ao lidar com as crianças, tenhamos sempre em mente as palavras
de Jesus. ”
O modelo de Jesus, a missão dos pediatras
O Papa recorda que
inclusive o comportamento de Jesus era atrativo: não usava de convites ou
presentes, mas da força e serenidade que faziam as crianças sempre irem ao
encontro de dEle. Seguindo o modelo de Jesus, os médicos conseguem dar um
testemunho cristão, não somente praticando valores evangélicos e de pertença à
Igreja, mas, segundo Francisco, para ampliar o horizonte, aquele de um contexto
social e de um sistema sanitário mais justo para o futuro.
“Vivendo com essa
inspiração, o trabalho que realizam representa uma verdadeira e própria missão
que envolve seja a mente que o coração. E, de qualquer maneira, não conhece
desligamentos, porque mesmo que existam períodos de férias e folgas da
atividade de trabalho, a profissão acompanha vocês sempre, e os envolve por
mais tempo e bem mais a fundo que durante as horas em que estão no lugar de
trabalho.”
(vaticannews)
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