Francisco desafia católicos a
seguir caminho de Deus e não o de «Satanás»
Cidade do Vaticano, 10 mar 2019 (Ecclesia) – O Papa alertou hoje
no Vaticano para as “tentações” do dinheiro, sucesso e poder, considerando que
estas são propostas de felicidade ilusórias, oferecidas por “Satanás”.
“Pode perder-se toda a dignidade pessoal, se nos deixarmos
corromper pelos ídolos do dinheiro, do sucesso e do poder, só para chegar à
própria autoafirmação. E saboreia-se a emoção de uma alegria que rapidamente se
desvanece”, advertiu, desde a janela do apartamento pontifício.
Francisco falava perante milhares
de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a recitação da oração do
ângelus, num dia em que os católicos de todo o mundo ouvem, na proclamação do
Evangelho na Missa, o relato das tentações de Jesus no deserto.
O Papa sublinhou que Jesus
responde aos três desafios “apenas com a Palavra de Deus”.
“Com o diabo não se dialoga, não
se deve dialogar”, assinalou.
A intervenção advertiu, em
particular, para a ideia de “instrumentalizar Deus”, em benefício próprio,
fazendo pedidos que se destinam apenas a satisfazer o “orgulho” pessoal.
São
estes os caminhos que são colocados diante de nós, com a ilusão de poder assim
obter o sucesso e a felicidade, mas, na realidade, são totalmente alheias ao
modo de agir de Deus; pelo contrário, separam-nos dele, porque são obra de
Satanás”.
O Papa pediu aos fiéis que façam
da Quaresma, a preparação para a Páscoa, um “tempo privilegiado” de purificação
interior.
Após a oração, Francisco recordou
a beatificação de nove mártires espanhóis, “mortos por ódio à fé, num tempo de
perseguição religiosa”, que foi celebrada este sábado, em Oviedo.
Os mártires das Astúrias foram assassinados entre 1936 e 1937, durante a Guerra Civil.
“Estes jovens aspirantes ao
sacerdócio amaram tanto o Senhor que o seguiram no caminho da cruz. Que o seu
heroico testemunho ajude seminaristas, sacerdotes e bispos a manter-se límpidos
e generosos, para servir fielmente o Senhor e o povo santo de Deus”, desejou o
Papa.
Francisco despediu-se com
saudações aos vários grupos de peregrinos presentes, antes de deixar os
tradicionais votos de “bom domingo” e “bom almoço”.
(ecclesia)
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