Tentações
são ilusões de sucesso e felicidade
Papa
Francisco rezou o Angelus deste domingo (10/03) na Praça São Pedro, e comentou
o Evangelho do dia sobre as tentações às quais Jesus é submetido no deserto.
Nesta noite o início dos Exercícios Espirituais.
Silvonei
José - Cidade do Vaticano
As tentações representam "a ilusão de
poder obter o sucesso e a felicidade”. Estas são palavras do Papa Francisco no
Angelus deste domingo (10/03) na Praça São Pedro, comentando o Evangelho do dia
sobre as tentações às quais Jesus é submetido no deserto.
“As três tentações
indicam três caminhos que o mundo sempre propõe, prometendo grandes sucessos: a
ganância de possuir, a glória humana, a instrumentalização de Deus”, disse o Papa.
“São esses os
caminhos que são colocados diante de nós, com a ilusão de poder alcançar o
sucesso e a felicidade, enfatizou Francisco.
“Mas, na realidade, esses caminhos são completamente estranhos ao modo de agir
de Deus; na verdade, eles nos separam d’Ele, porque são obras de Satanás”.
Falando da ganância de possuir, o Papa
explicou que "esta é sempre a lógica insidiosa do diabo. Ele parte da
natural e legítima necessidade de se alimentar, de viver, de realizar-se, de
ser feliz, para nos impulsionar a acreditar que tudo isso é possível sem Deus,
ou melhor, até mesmo contra Ele”.
Sobre a segunda tentação, a glória humana,
Francisco sublinhou o risco de "perder toda a dignidade pessoal",
deixando-se" corromper pelos ídolos do dinheiro, do sucesso e do poder,
para alcançar a autoafirmação. Prova-se a emoção de uma alegria vazia que logo
desaparece. Por isso Jesus responde: "Adorarás o Senhor teu Deus e só a
ele prestarás culto".
Sobre a instrumentalização de Deus, o Santo
Padre explicou, que se trata da tentação "de querer puxar Deus para o
nosso lado', pedindo-lhe graças que na realidades servem para satisfazer o
nosso orgulho".
"Jesus,
enfrentando pessoalmente essas provações, vence por três vezes as tentações
para aderir plenamente ao plano do Pai. E nos mostra os remédios: a vida
interior, a fé em Deus, a certeza de seu amor. Portanto, aproveitemos da
Quaresma, como tempo privilegiado para nos purificarmos, para experimentarmos a
presença consoladora de Deus em nossa vida".
O Papa então concluiu sublinhando:
“ Jesus ao
responder ao tentador, não entra em diálogo, mas responde aos três desafios
somente com a palavra de Deus. Isto nos ensina que com o diabo não se dialoga,
não devemos dialogar, somente se responde a ele com a palavra de Deus. ”
Em seguida o Papa rezou a Oração mariana do
Angelus e concedeu aos milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro a sua
Benção Apostólica.
Após a Oração e a Benção Francisco recordou
que ontem em Oviedo (Espanha), foram proclamados beatos os seminaristas
Angelo Cuartas e oito companheiros mártires, assassinados por ódio a fé
em um tempo de perseguição religiosa. Esses jovens aspirantes ao sacerdócio –
disse Francisco - amavam tanto o Senhor, chegando a segui-lo no caminho da
cruz. O seu heroico testemunho ajude os seminaristas, os sacerdotes e os bispos
a permanecerem límpidos e generosos para servir fielmente ao Senhor e ao povo
santo de Deus.
Depois de saudar as famílias, aos grupos
paroquiais, às associações e a todos os peregrinos que vieram da Itália e de
diversos países, o Santo Padre desejou a todos que o “caminho quaresmal,
recentemente iniciado, seja rico de frutos”. Pediu ainda uma recordação na
oração por ele e seus colaboradores da Cúria Romana, que nesta noite iniciam a
semana de Exercícios Espirituais.
(vaticannews)
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