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"Jesus não muda magicamente as coisas, mas, se O
acolhermos, todas as coisas podem mudar. Porque se Ele habita a vida, ela
renasce. E se a vida renasce, é verdadeiramente Natal. Feliz Natal a todos”,
disse o Papa Francisco na Audiência Geral.
Cidade do Vaticano
Faltando uma semana para
o Natal, o Papa Francisco dedicou a catequese desta quarta-feira (18/12) na
Audiência Geral ao modo como estamos nos preparando para acolher o festejado.
Um modo simples, mas
eficaz, afirmou o Pontífice, é preparar o presépio, recordando que este ano foi
a Greccio – lugar do primeiro presépio idealizado por São Francisco – e que
escreveu uma Carta Apostólica a respeito.
Evangelho
vivo
O presépio, de fato, é
como um Evangelho vivo e nos recorda uma coisa essencial: que Deus não
permaneceu invisível no céu, mas veio sobre a Terra, se fez homem.
“Fazer o presépio é celebrar a proximidade de Deus: é
redescobrir que Deus é real, concreto, vivo e palpitante. Não é um senhor
distante ou um juiz desapegado, mas é Amor humilde, que desceu até nós.”
Parar diante do Menino
Jesus no presépio, aconselhou o Papa, é uma ocasião para falar das pessoas e
das situações que temos no coração, fazer com Ele o balanço do ano e
compartilhar as expectativas e as preocupações.
Ao lado de Jesus, vemos
Nossa Senhora e José. A Santa Família é um evangelho doméstico. A palavra
presépio, explicou Francisco, significa literalmente “manjedoura”, enquanto a
cidade do presépio, Belém, significa “casa do pão”. Esses elementos nos
recordam que Jesus é o nutrimento essencial, o pão da vida. “É Ele que alimenta
o nosso amor, é Ele que doa às nossas famílias a força para ir avante e nos
perdoar.”
Convite
à contemplação
O presépio, acrescentou o
Papa, nos oferece outro ensinamento de vida: nos ritmos às vezes frenéticos de
hoje é um convite à contemplação. Nos recorda a importância de
parar. “Porque somente quando sabemos nos recolher, podemos acolher o que conta
na vida.”
Francisco contou que
ontem lhe deram de presente uma imagem pequena, com José acudindo o Menino e
Maria descansando, cujo nome era: "Deixemos a mãe repousar".
"Quantos entre vocês têm que dividir a noite entre marido e mulher para
acudir a criança que chora, chora, chora...Deixemos a mãe repousar. É a ternura
de uma família, de um matrimônio."
Imagem
artesanal de paz
O presépio, portanto, é a
imagem artesanal da paz num mundo onde todos os dias se fabricam inúmeras armas
e tantas imagens violentas.
Queridos irmãos e irmãs,
concluiu o Papa, do presépio podemos colher o ensinamento sobre o sentido
próprio da vida. Agora não estamos mais sós, há uma novidade decisiva: Jesus.
“Jesus vem na nossa vida
concreta, por isso é importante fazer um pequeno presépio sempre, porque nos
recorda que Deus veio entre nós, nasceu entre nós, nos acompanha e se fez homem
como nós. Na vida de todos os dias, não estamos mais sós. Ele habita conosco.
Não muda magicamente as coisas, mas, se O acolhermos, todas as coisas podem
mudar. Eu então faço votos de que fazer o presépio seja a ocasião para convidar
Jesus na vida. Quando fazemos o presépio em casa, é como abrir a porta: entre
Jesus. Fazer concreta esta proximidade, este convite a Jesus para que venha na
nossa vida. Porque se Ele a habita, renasce. E se a vida renasce, é
verdadeiramente Natal. Feliz Natal a todos!”
(vaticannews)
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