sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Greta Thunberg chegou a Madrid como saiu de Portugal: em silêncio




A jovem ativista sueca Greta Thunberg já está em Madrid, para participar na cimeira da ONU sobre o clima, COP 25.

Greta Thunberg partiu da estação de Santa Apolónia, em Lisboa, às 21.25 horas, tendo chegado a Madrid um pouco antes das 9 horas da manhã locais (8 horas em Portugal continental), após uma viagem de 10 horas a bordo do Lusitânia Comboio Hotel, o comboio noturno que liga as capitais portuguesa e espanhola.

À chegada à estação de Chamartín, tinha um batalhão de jornalistas e curiosos à espera. Foi escoltada pela polícia e por seguranças daquela estação e saiu sem prestar declarações.

Viajaram no comboio cerca de trinta jornalistas, fotógrafos e operadores de câmara de vários países que embarcaram no comboio em Lisboa para cobrir a viagem de Thunberg.

Greta Thunberg entrou no comboio às 21 horas em ponto, em Lisboa, sem prestar declarações, tendo "fintado" quase duas dezenas de jornalistas e operadores de câmara, numa carruagem mais à frente, e fazendo o percurso por dentro do comboio até se no seu lugar.

Os serviços da CP colocaram baias para os jornalistas não se aproximarem do comboio, e a ativista entrou duas carruagens à frente, evitando desta forma o contacto com os jornalistas nacionais e estrangeiros que a aguardavam.

Alguns jornalistas também seguiram no comboio.

Greta Thunberg chegou a Lisboa na terça-feira a bordo do catamarã "La Vagabonde" depois de uma travessia do Atlântico de 21 dias para evitar os aviões e a sua forte carga poluente.

À chegada a Lisboa, a jovem ativista sueca apelou a todos para manterem pressão sobre os políticos com vista ao combate à crise climática e deixou a garantia de que não vai parar a luta para que os protestos dos jovens sejam ouvidos.

"Não iremos parar, iremos continuar e fazer tudo o que estiver ao nosso alcance: a viajar, a pressionar as pessoas que têm o poder para que coloquem as prioridades no devido lugar", afirmou a ativista de 16 anos, deixando um apelo às dezenas de ativistas que a receberam: "Continuem a ajudar-nos para tornar tudo isto possível".

Instada a comentar a forma como alguns adultos a veem como uma criança zangada, respondeu que "as pessoas subestimam a força das crianças zangadas", acrescentando: "Estamos zangados, frustrados, por uma boa razão. Se querem que deixemos de estar zangados, parem de nos tornar zangados.


(jn.pt)


Sem comentários: