O presépio e a árvore de Natal que enfeitam a Praça São Pedro
neste Natal foram doados por regiões do norte da Itália que sofreram
calamidades naturais no outono passado. As delegações foram recebidas em
audiência pelo Papa Francisco nesta quinta-feira (05/12), no Vaticano.
Cidade do Vaticano
No dia da inauguração do
presépio e da árvore de Natal na Praça São Pedro, o Papa Francisco recebeu em
audiência as autoridades civis e eclesiásticas que doaram os símbolos natalinos
ao Vaticano.
Este ano, os dons provêm
das províncias italianas de Trento, Vicenza e de Treviso, regiões que viveram
no outono passado uma forte tempestade que destruiu parte dos bosques locais.
De fato, o Pontífice
aproveitou a audiência para renovar seu encorajamento às populações.
“Trata-se de eventos que assustam, são sinais de alarme que a
criação envia, e que nos pedem para tomar imediatamente decisões eficazes para
preservar a nossa casa comum.”
Francisco manifestou seu
agradecimento e apreço pela decisão que serão replantados 40 abetos para
substituir das plantas destinadas ao Vaticano, pois além da árvore na Praça, do
norte da Itália provêm também as demais árvores que enfeitam outras salas
vaticanas.
“O abeto vermelho doado
representa um sinal de esperança especialmente para as vossas florestas, de
modo que possam ser depuradas e dar início, assim, à obra de reflorestamento.”
Presépio,
maneira genuína de comunicar o Evangelho
Já o presépio, realizado
quase inteiramente de madeira, ajudará os visitantes a saborearem a riqueza
espiritual do Natal do Senhor, destacou o Papa. Os troncos de madeira são
provenientes das regiões atingidas por enchentes e ressaltam a precariedade na
qual se encontrou a Sagrada Família naquela noite de Belém.
O Pontífice recordou que
no I Domingo do Advento visitou Greccio, lugar do primeiro presépio de São
Francisco, ocasião em que publicou uma Carta para falar deste sinal simples e
admirável da nossa fé e que não deve ser perdido, pelo contrário, mas
transmitido de pais a filhos, de avós a netos.
“É uma maneira genuína de comunicar o Evangelho, num mundo que
às vezes parece ter medo de recordar o que é realmente o Natal, e cancela os
sinais cristãos para manter somente os de um imaginário banal e comercial.”
Francisco concluiu seu
discurso fazendo votos de que Nossa Senhora nos ajude a contemplar o Filho de
Deus no rosto de quem sofre, e nos ampare no “compromisso de sermos solidários
com as pessoas mais frágeis e mais fracas”.
(vaticannews)
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