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Ambientado em ruínas de um templo pagão, as peças foram
construídas a mão utilizando madeira e cortiça. Os tecidos dos personagens
vieram da Índia e China
Cidade do Vaticano
É o segundo ano que a
Capela Sistina recebe a Natividade. Projetado e construído pelos artistas
Giuseppe Passeri, Eva Antulov e Alfonso Pepe, o trabalho teve o acompanhamento
de monsenhor Guido Marini, Mestre das Celebrações Litúrgicas. O presépio da Capela
Sistina é ambientado em um templo romano em ruínas, inspira-se na escola
napolitana e mostra algumas das imagens mais representativas da tradição
partenopeia como os pastores que dormem, os animais, a lavadeira, o caçador, o
vendedor de comida, o mendigo, os Magos.
O
presépio
O especialista em
presépio Giuseppe Passeri, explicou em uma entrevista à Rádio Vaticano que os
artistas inspiraram-se na vida cotidiana de Nápoles, “adentrando-se na
atmosfera antiga que ainda se respira nas ruelas, nas lojinhas, e nos recantos
mais misteriosos da cidade, onde os ofícios se misturam com perfumes e aromas
de um tempo que parece ter parado”. As roupas dos personagens foram preparadas
com preciosos tecidos provenientes da Índia, bordados e decorações da China. As
cores do pano de fundo que representa o golfo de Nápoles com o Monte Vesúvio
“foram obtidas com a pedra lápis-lázuli afegã moída e o presépio foi todo
pintado em tonalidade ocra, obtida com ocra vermelha e amarela provenientes de
uma pedreira da Toscana”.
A
universalidade do presépio
“O presépio da Capela
Sistina está apoiado em tábuas de madeira de lei que são a base da estrutura
que acolhe os pequenos tijolos de cortiça das casas e dos ambientes. Não foi
utilizado nem isopor nem papelão”. “Sem o presépio – conclui Passeri – muitas
páginas da arte não teriam sido escritas. Se pensarmos nos afrescos, na arte da
pintura e todo o mundo artístico criado ao redor do nascimento de Jesus. Por
isso foi escolhida a Capela Sistina que é o ‘mensageiro’ mundial desta página
de história universal que é o início da nossa fé”.
(vaticannews)
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