segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Inaugurado o presépio na Capela Sistina


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Ambientado em ruínas de um templo pagão, as peças foram construídas a mão utilizando madeira e cortiça. Os tecidos dos personagens vieram da Índia e China

Cidade do Vaticano

É o segundo ano que a Capela Sistina recebe a Natividade. Projetado e construído pelos artistas Giuseppe Passeri, Eva Antulov e Alfonso Pepe, o trabalho teve o acompanhamento de monsenhor Guido Marini, Mestre das Celebrações Litúrgicas. O presépio da Capela Sistina é ambientado em um templo romano em ruínas, inspira-se na escola napolitana e mostra algumas das imagens mais representativas da tradição partenopeia como os pastores que dormem, os animais, a lavadeira, o caçador, o vendedor de comida, o mendigo, os Magos.

O presépio

O especialista em presépio Giuseppe Passeri, explicou em uma entrevista à Rádio Vaticano que os artistas inspiraram-se na vida cotidiana de Nápoles, “adentrando-se na atmosfera antiga que ainda se respira nas ruelas, nas lojinhas, e nos recantos mais misteriosos da cidade, onde os ofícios se misturam com perfumes e aromas de um tempo que parece ter parado”. As roupas dos personagens foram preparadas com preciosos tecidos provenientes da Índia, bordados e decorações da China. As cores do pano de fundo que representa o golfo de Nápoles com o Monte Vesúvio “foram obtidas com a pedra lápis-lázuli afegã moída e o presépio foi todo pintado em tonalidade ocra, obtida com ocra vermelha e amarela provenientes de uma pedreira da Toscana”.

A universalidade do presépio

“O presépio da Capela Sistina está apoiado em tábuas de madeira de lei que são a base da estrutura que acolhe os pequenos tijolos de cortiça das casas e dos ambientes. Não foi utilizado nem isopor nem papelão”. “Sem o presépio – conclui Passeri – muitas páginas da arte não teriam sido escritas. Se pensarmos nos afrescos, na arte da pintura e todo o mundo artístico criado ao redor do nascimento de Jesus. Por isso foi escolhida a Capela Sistina que é o ‘mensageiro’ mundial desta página de história universal que é o início da nossa fé”.

(vaticannews)

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