sábado, 30 de março de 2013

VIA-SACRA NO COLISEU DE ROMA 4 – 2013.




DEPARTAMENTO PARA AS CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS DO SUMO PONTÍFICE
PRESIDIDA POR SUA SANTIDADE
O PAPA FRANCISCO
(conclusão)

XIII ESTAÇÃO: Jesus é descido da Cruz e entregue a sua Mãe

«Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: "Mulher, eis o teu filho!" Depois, disse ao discípulo: "Eis a tua mãe!"». Jo 19, 26-27a
Senhor Jesus, aqueles que Vos amam permanecem ao vosso lado e conservam a fé. Na hora da agonia e da morte, quando o mundo pensa que o mal triunfa e que a voz da verdade e do amor, da justiça e da paz é silenciada, a fé deles não desfalece.
Ó Maria, nas vossas mãos, colocamos a nossa terra. «Como é triste ver esta terra bendita sofrer nos seus filhos que encarniçadamente se destroçam uns aos outros, e morrem!» (Exort. ap. Ecclesia in Medio Oriente, 8). Parece que não há nada que possa acabar com o mal, o terrorismo, o homicídio e o ódio. «Diante da cruz, na qual o vosso Filho estendeu as suas mãos imaculadas para a nossa salvação, ó Virgem, nos prostramos neste dia: concedei-nos a paz» (Liturgia Bizantina).
Rezamos
pelas vítimas da violência e das guerras que devastam, neste nosso tempo,
vários países do Médio Oriente e também outras partes do mundo.
Rezamos para que os desalojados e os emigrantes forçados possam voltar o mais rápido possível
às suas casas e às suas terras. Fazei, Senhor,
que o sangue das vítimas inocentes seja semente de um Oriente novo,
mais fraterno, mais pacífico e mais justo, e que este Oriente
recupere o esplendor da sua vocação de berço de civilização e de valores espirituais e humanos.
Estrela do Oriente, indicai-nos a vinda da Alvorada! Ámen.

XIV ESTAÇÃO: Jesus é depositado no sepulcro
«Nicodemos, aquele que antes tinha ido ter com Jesus de noite, apareceu também trazendo uma mistura de perto de cem libras de mirra e aloés. Tomaram então o corpo de Jesus e envolveram-no em panos de linho com os perfumes, segundo o costume dos judeus». Jo 19, 39-40

Nicodemos recebe o corpo de Cristo, cuida dele e depõe-no num sepulcro, no meio de um jardim que recorda o da Criação. Jesus deixa-se sepultar tal como se deixou crucificar, no mesmo abandono, inteiramente «entregue» nas mãos dos homens e «perfeitamente unido» a eles «até ao sono sob a laje do túmulo» (São Gregório de Narek).
Aceitar as dificuldades, os acontecimentos dolorosos, a morte… exige uma esperança firme, uma fé viva.
A pedra colocada à entrada do túmulo será removida, e surgirá uma nova vida. Na realidade, «pelo Baptismo fomos sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova» (Rm 6, 4).
Recebemos a liberdade de filhos de Deus, para não voltar à escravidão; a vida é-nos dada em abundância, para não mais nos contentarmos com uma vida sem beleza nem significado.
Senhor Jesus,
fazei de nós filhos da luz, que não temem as trevas.
Nós Vos pedimos hoje por todos aqueles que buscam o sentido da vida
e por quantos perderam a esperança, para que acreditem na vossa vitória
sobre o pecado e a morte. Ámen.


(vatican.va)


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