DEPARTAMENTO PARA AS CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS DO
SUMO PONTÍFICE
PRESIDIDA POR SUA SANTIDADE
O PAPA FRANCISCO
O PAPA FRANCISCO
SEXTA-FEIRA SANTA DO ANO
2013
MEDITAÇÕES preparadas por
jovens libaneses sob a orientação do Senhor Cardeal Béchara Boutros Raï
(Continuação)
IV
ESTAÇÃO: Jesus encontra sua Mãe
«Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe:
"Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e
para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma. Assim hão-de
revelar-se os pensamentos de muitos corações". (…) Sua mãe guardava todas
estas coisas no seu coração». Lc 2, 34-35.51b
Ferido e atribulado,
carregando a cruz da humanidade, Jesus encontra sua mãe e, no seu rosto, toda a
humanidade.
Maria, Mãe de Deus, foi a primeira
discípula do Mestre. Acolhendo a palavra do Anjo, encontrou pela primeira vez o
Verbo encarnado e tornou-se templo do Deus vivo. Encontrou-o, sem compreender
como o Criador do céu e da terra tenha querido escolher uma menina, uma
criatura frágil, para encarnar neste mundo. Encontrou-o numa busca constante do
seu Rosto, no silêncio do coração e na meditação da Palavra. Julgava ser ela
que o buscava, mas, na verdade, era Ele que a procurava. Agora, enquanto
carrega a cruz, encontra-a.
Jesus sofre
ao ver sua mãe sofrer, e Maria por ver sofrer o seu Filho. Mas, deste
sofrimento comum, nasce uma humanidade nova. «A paz esteja contigo! Nós vos
suplicamos, ó Santa repleta de glória, Virgem perpétua, Mãe de Deus, Mãe de
Cristo. Fazei subir à presença do vosso dilecto Filho a nossa prece para que
perdoe os nossos pecados» (Theotokion, tirado
doOrologion copto, Al-Aghbia 37).
Senhor Jesus,
também nós sentimos, nas nossas famílias, os sofrimentos causados aos filhos por seus pais,
e aos pais por seus filhos. Senhor, fazei que, nestes tempos difíceis,
as nossas famílias sejam lugares da vossa presença, para que os nossos sofrimentos se transformem em alegria.
Sede Vós o apoio das nossas famílias e fazei delas oásis de amor,
paz e serenidade, à imagem da Sagrada Família de Nazaré. Ámen.
também nós sentimos, nas nossas famílias, os sofrimentos causados aos filhos por seus pais,
e aos pais por seus filhos. Senhor, fazei que, nestes tempos difíceis,
as nossas famílias sejam lugares da vossa presença, para que os nossos sofrimentos se transformem em alegria.
Sede Vós o apoio das nossas famílias e fazei delas oásis de amor,
paz e serenidade, à imagem da Sagrada Família de Nazaré. Ámen.
V
ESTAÇÃO: Simão de Cirene ajuda Jesus a levar a Cruz
«Quando o iam conduzindo, lançaram mão de um
certo Simão de Cirene, que voltava do campo, e carregaram-no com a cruz, para a
levar atrás de Jesus». Lc 23, 26
O encontro de Jesus com
Simão de Cirene é um encontro silencioso, uma lição de vida: Deus não quer o
sofrimento nem aceita o mal. E o mesmo se diga do ser humano. Mas o sofrimento,
acolhido na fé, transforma-se em caminho de salvação; então, aceitamo-lo como
Jesus e ajudamos a carregá-lo como Simão de Cirene.
Senhor Jesus,
envolvestes o homem no acto de levar a vossa cruz. Convidastes-nos a partilhar o vosso sofrimento.
Simão de Cirene é semelhante a nós e ensina-nos a aceitar a cruz
que encontramos nas estradas da vida. Seguindo o vosso exemplo, Senhor,
carregamos hoje, também nós, a cruz da tribulação e da doença,
mas aceitamo-la, porque Vós estais connosco. Ela pode cravar-nos numa cadeira,
mas não impedir de sonhar; pode obscurecer o olhar,
mas não ferir a consciência; pode tornar surdo o ouvido,
mas não impedir de escutar; pode prender a língua,
mas não suprimir a sede de verdade; pode deixar a alma pesada,
mas não privá-la da liberdade. Senhor,
queremos ser vossos discípulos, levando a vossa cruz todos os dias;
levá-la-emos com alegria e esperança, porque Vós a levais connosco,
porque triunfastes sobre a morte por nós. Nós Vos damos graças, Senhor,
por cada pessoa doente ou atribulada, que sabe ser testemunha do vosso amor,
e por cada «Simão de Cirene» que colocais no nosso caminho. Ámen.
envolvestes o homem no acto de levar a vossa cruz. Convidastes-nos a partilhar o vosso sofrimento.
Simão de Cirene é semelhante a nós e ensina-nos a aceitar a cruz
que encontramos nas estradas da vida. Seguindo o vosso exemplo, Senhor,
carregamos hoje, também nós, a cruz da tribulação e da doença,
mas aceitamo-la, porque Vós estais connosco. Ela pode cravar-nos numa cadeira,
mas não impedir de sonhar; pode obscurecer o olhar,
mas não ferir a consciência; pode tornar surdo o ouvido,
mas não impedir de escutar; pode prender a língua,
mas não suprimir a sede de verdade; pode deixar a alma pesada,
mas não privá-la da liberdade. Senhor,
queremos ser vossos discípulos, levando a vossa cruz todos os dias;
levá-la-emos com alegria e esperança, porque Vós a levais connosco,
porque triunfastes sobre a morte por nós. Nós Vos damos graças, Senhor,
por cada pessoa doente ou atribulada, que sabe ser testemunha do vosso amor,
e por cada «Simão de Cirene» que colocais no nosso caminho. Ámen.
VI
ESTAÇÃO: A Verónica limpa o rosto de Jesus
«O meu coração murmura por ti, os meus olhos
te procuram; é a tua face que eu procuro, Senhor. Não desvies de mim o teu
rosto, nem afastes, com ira, o teu servo. Tu és o meu amparo: não me rejeites
nem abandones, ó Deus, meu Salvador!» Sl 27, 8-9
A Verónica procurou-vos no
meio da multidão. Procurou-vos e finalmente vos encontrou. Quando o vosso
sofrimento estava no auge, ela quis suavizá-lo, enxugando-vos o rosto com um
pano. Um pequeno gesto, mas exprimia todo o seu amor por Vós e toda a sua fé em
Vós; ficou gravado na memória da nossa tradição cristã.
Senhor Jesus,
é o vosso rosto que nós procuramos. A Verónica recorda-nos que Vós estais presente
em cada pessoa que sofre e segue pelo seu caminho do Gólgota.
Senhor, fazei que Vos encontremos nos pobres, os vossos irmãos pequeninos,
para enxugar as lágrimas de quem chora, cuidar de quem sofre
e amparar quem é fraco. Vós, Senhor, ensinais-nos
que uma pessoa ferida e esquecida não perde o seu valor nem a sua dignidade
mas permanece sinal da vossa presença escondida no mundo.
Ajudai-nos a enxugar do seu rosto os traços da pobreza e da injustiça,
para que a vossa imagem se revele e resplandeça nela.
Rezamos por aqueles que buscam o vosso Rosto e o encontram no rosto dos sem-abrigo, dos pobres e das crianças sujeitas à violência e à exploração. Ámen.
é o vosso rosto que nós procuramos. A Verónica recorda-nos que Vós estais presente
em cada pessoa que sofre e segue pelo seu caminho do Gólgota.
Senhor, fazei que Vos encontremos nos pobres, os vossos irmãos pequeninos,
para enxugar as lágrimas de quem chora, cuidar de quem sofre
e amparar quem é fraco. Vós, Senhor, ensinais-nos
que uma pessoa ferida e esquecida não perde o seu valor nem a sua dignidade
mas permanece sinal da vossa presença escondida no mundo.
Ajudai-nos a enxugar do seu rosto os traços da pobreza e da injustiça,
para que a vossa imagem se revele e resplandeça nela.
Rezamos por aqueles que buscam o vosso Rosto e o encontram no rosto dos sem-abrigo, dos pobres e das crianças sujeitas à violência e à exploração. Ámen.
(vatican.va)
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