Recordações: Poceirão da Manhenha
Bastou descer a Rua da Sé até à Praça Velha, fazer umas
voltinhas, voltar a subi-la e chegar a casa, para desistir ir à Prainha, como
previra! Estava muita humidade e calor , cansada e não tive ânimo para descer a
Travessa e o Jardim dos Corte Reais, continuar a descer os degraus até à praia
... e claro, fazer o trajeto de retorno.
Estou a ficar velha!
Interessante! O espírito quer, mas o corpo reclama.
Aceitar a velhice com as naturais limitações e agradecer o dom da vida e todos estes anos
passados com muitos privilégios, com a saúde necessária, com os meios de
sobrevivência suficientes, é a via acertada para caminhar nesta estrada que é a
minha e cada vez mais tem que ser percorrida com coragem e esperança.
Preparar-me para chegar à meta, é este o meu objectivo.
Estar atenta aos percalços da calçada, aos atalhos floridos sem saída, carece
de atenção redobrada. Por isso é bom que neste percurso não vá sozinha; é
prudente ter alguém que me ajude, caso precise e sei que preciso já e agora.
Tenho aprendido ao longo dos anos, que os deuses da minha juventude
desapareceram especialmente quando mais precisei. Não me dei conta que o único
Deus que sempre esteve comigo, que sofreu comigo, que me deu a mão quando
vacilei e me ia afogando, foi o Deus Vivo, verdadeiro, fiel e misericordioso.
É Nele e com Ele que eu quero viver até ao fim.
PASSA UM BOM DIA.
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