segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Fé e violência são incompatíveis


No Angelus o Papa Francisco recorda que a verdadeira força do cristão é a mansidão

E aos fiéis pediu para que continuem a rezar pela paz no Egipto

A paz de Cristo não é «neutralidade» nem  «compromisso a todo o custo»: seguir Jesus «inclui renunciar ao mal, ao egoísmo e escolher o bem, a verdade, a justiça, inclusive quando isto requer sacrifício e renúncia aos próprios interesses», disse o Papa Francisco no Angelus de domingo 18 de Agosto, recitado na praça de São Pedro na presença de muitíssimos fiéis.
Quando Jesus diz que veio «trazer divisão», realçou o Pontífice,  «não é que Ele queira dividir os homens entre si, ao contrário»; Ele indica o critério: «viver para si mesmo, ou viver para Deus e para os outros; ser servido ou servir; obedecer ao próprio eu, ou obedecer a Deus».  Disto deduz-se, frisou, que não pode ser autorizado o uso  da força para defender a fé. «Fé e violência são incompatíveis» e, explicou o Papa, «a verdadeira força do cristão é a força da verdade e do amor, que inclui a renúncia a qualquer violência».
O Pontífice, que depois da recitação do Angelus exortou a rezar pelas vítimas do naufrágio de uma embarcação nas Filipinas e pela paz no Egipto, recordou que  seguir Jesus «significa participar» porque a fé não é um adorno: significa «escolher Deus como critério-base da vida».
«Viver a fé – explicou o Papa na meditação – não é enfeitar a vida com um pouco de religião, como se fosse um bolo decorado com o glacé. Não, a fé não é isto». Depois da vinda de Jesus, prosseguiu, «não nos podemos comportar como se não conhecêssemos Deus». De facto, «Deus tem um rosto concreto, tem um nome: Deus é misericórdia, Deus é fidelidade, é vida que se doa a todos nós».
Está em sintonia com a meditação do Angelus dominical também o tweet que o Papa lançou na manhã de segunda-feira, 19 de Agosto: «Não podemos ser cristãos a tempo parcial. Se Cristo está no centro da nossa vida, Ele está presente em tudo o que fazemos». E precisamente hoje o account italiano do Pontífice superou um milhão de followers. São 8.600.000 as pessoas que seguem o Papa através da plataforma digital,  conectando-se aos nove canais linguísticos de @Pontifex.

(observatoreromano)

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