sábado, 8 de fevereiro de 2014

"A misericórdia de Deus não exclui ninguém"



 O Papa Francisco aos prelados da conferência episcopal polaca
em visita «ad limina Apostolorum» ·

7 de Fevereiro de 2014

Divorciados e separados constituem um desafio pastoral para a Igreja. Por isso, é preciso interrogar-se sobre o modo de os assistir para não os fazer sentir-se excluídos da misericórdia de Deus, recomendou o Papa Francisco na manhã de 7 de Fevereiro, aos bispos polacos em visita “ad limina”. Hoje o matrimónio «é muitas vezes considerado uma forma de gratificação afectiva que pode constituir-se de qualquer modo e modificar-se segundo a sensibilidade de cada um. Infelizmente, esta visão influencia também a mentalidade dos cristãos, facilitando o recurso ao divórcio ou à separação de facto». Pessoas que contudo não podem ser abandonas pela Igreja.
 E por isso, os «pastores – frisou o Papa – são chamados a interrogar-se sobre o modo de assistir quantos estão em tal situação, a fim de que não se sintam excluídos da misericórdia de Deus, do amor fraterno de outros cristãos e da solicitude da Igreja pela sua salvação; ajudá-los a não abandonar a fé; fazer crescer os seus filhos na plenitude da experiência cristã».
A atenção à família é uma das recomendações pastorais do Papa aos prelados polacos, chamados a enfrentar desafios que põem em perigo inclusive «as grandes potencialidades de fé, de oração, de caridade e de prática cristã» das quais é rica a Igreja na Polónia.
Recordando a celebração, em Cracóvia, da próxima Jmj em 2016, o Pontífice falou sobre os jovens, que num mundo cada vez mais rico de instrumentos informáticos capazes de resolver qualquer dificuldade de comunicação, correm o risco de perder de vista a importância da relação interpessoal. Por isso, é preciso orientá-los para formas associativas e movimentos «cuja espiritualidade esteja assente na Palavra de Deus, na liturgia, na vida comunitária e no testemunho missionário».
Depois, Francisco exortou os bispos polacos a prestar atenção especial à promoção das vocações ao sacerdócio e à vida consagrada, e sobretudo à formação dos novos presbíteros, animados por um espírito missionário que os faça sair para ir ao encontro de quantos ainda estão à espera do anúncio. Enfim, o Papa exortou os prelados a alimentar cada vez mais entre os fiéis a «fantasia da caridade» que leva à solidariedade com os pobres.


(L´OSSERVATORE ROMANO)



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