Grupo é composto por três famílias muçulmanas
e inclui seis menores, revela comunicado da Santa Sé
“O Papa quis dar um sinal de acolhimento aos
refugiados, levando a Roma no seu próprio avião três famílias de refugiados
sírios, 12 pessoas, das quais seis menores”, revelou o porta-voz do Vaticano,
padre Federico Lombardi, em comunicado.
A nota oficial precisa que se trata de pessoas
que estavam no centro de acolhimento de Lesbos antes do acordo entre a União
Europeia e a Turquia.
O acordo que entrou em vigor a 4 de abril prevê
que todos os migrantes irregulares oriundos a Turquia e que entrem nas ilhas
gregas sejam devolvidos a território turco.
As três famílias que partiram com o Papa são
compostas por muçulmanos: duas são de Damasco e a outra de Deir Azzor, zona
ocupado pelo autoproclamado ‘Estado Islâmico’.
Segundo o Vaticano, as suas casas “foram
bombardeadas” durante o conflito na Síria.
A iniciativa do Papa concretizou-se através dos
contactos da Secretaria de Estado [do Vaticano] com as autoridades competentes,
gregas e italianas”, precisa
o diretor da sala de imprensa da Santa Sé.
O acolhimento e estadia das famílias de
refugiados vai ficar a cargo do Vaticano, com o apoio inicial da comunidade
católica de Santo Egídio, em Roma.
O Papa chegou a Lesbos às 10h04 locais (08h04 em
Lisboa), tendo conversado
em privado com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, antes de visitar
um campo de refugiados e homenagear
os migrantes que morreram no mar, acompanhado pelo patriarca ortodoxo de
Constantinopla, Bartolomeu, e pelo arcebispo ortodoxo de Atenas, Jerónimo II,
com quem assinou uma declaração
conjunta.
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