terça-feira, 12 de abril de 2016

Massacre de cristãos


Outro massacre de cristãos no Médio Oriente. Como denunciou à Bbc o patriarca da Igreja ortodoxa síria, Ignazio Aphrem II, pelo menos vinte e um cristãos foram torturados e assassinados pelos jihadistas do chamado Estado islâmico (Ei) perto da localidade de Al Qaryatayn.
O facto teve lugar há alguns dias, pouco antes que as forças do exército regular sírio, que lançaram uma vasta ofensiva na área, reconquistassem a cidade. Alguns foram assassinados enquanto tentavam fugir outros torturados e depois assassinados por terem rejeitado submeter-se e converter-se ao islão. Al Qaryatayn – recorda a emissora britânica – voltou para o poder do exército de Assad no fim de semana passada. E precisamente após a libertação teve lugar o novo horror.
Segundo o patriarca, em Al Qaryatayn – ocupada pelo Ei desde agosto de 2015 – ainda havia cerca de trezentos cristãos, que imediatamente se tornaram alvo dos jihadistas. Uma parte deles conseguiu fugir, enquanto outros morreram na tentativa de fuga e outros ainda, acrescentou o patriarca baseando-se em testemunhos diretos ouvidos in loco, foram assassinados por não ter aceite a conversão forçada. Entre as vítimas contam-se pelo menos três mulheres, referiu o patriarca, denunciando que os jihadistas planejavam vender as jovens cristãs sobreviventes como escravas. Outros cristãos até agora são considerados dispersos, mas teme-se que também morreram. Além disso – de acordo com fontes citadas pela Bbc – um mosteiro cristão de 1500 anos foi destruído. Enquanto se espera a retomada dos colóquios entre governantes e rebeldes em Genebra, prevista para o próximo dia 13 de abril, as violências não conhecem trégua. Segundo fontes da oposição síria, o Ei estaria a preparar-se para lançar uma vasta ofensiva nos arredores da fronteira turca, no norte do país. Os milicianos já teriam conquistado duas aldeias ocupadas por rebeldes anti-Assad, isto é Sheikh Reeh e Al Bal. De acordo com a imprensa local, trata-se da maior ofensiva lançada pelo Ei desde há pelo menos um ano até agora.


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