Uma chaga vergonhosa
Na audiência geral o
apelo do Papa contra o tráfico de seres humanos
7
de Fevereiro de 2018
Das
olimpíadas de Pyeongchang uma esperança de diálogo e paz
Dois apelos
vigorosos – o primeiro na vigília do dia mundial contra o tráfico, o segundo
por ocasião das olimpíadas invernais que se abrem na Coreia do Sul na
sexta-feira, 9 de fevereiro – foram lançados pelo Papa na audiência geral de
quarta-feira 7 de fevereiro.
Aos fiéis reunidos
na Sala Paulo VI o Pontífice pediu para rezar «a fim de que o Senhor converta o
coração dos traficantes e conceda a esperança de reaver a liberdade a quantos
sofrem» por causa da «chaga vergonhosa» do tráfico. Comentando o tema do dia
deste ano – «Migração sem tráfico. Sim à liberdade! Não ao tráfico!» – o
Pontífice frisou que «tendo poucas possibilidades de canais regulares, muitos
migrantes decidem aventurar-se por outras vias, nas quais com frequência os
esperam abusos, exploração e redução em escravidão». Por isso convidou «cidadãos
e instituições a unir as forças para prevenir o tráfico e garantir proteção e
assistência às vítimas».
Sucessivamente, o
Papa falou sobre os Jogos olímpicos invernais na cidade coreana de Pyeongchang,
nos quais participam 92 países, frisando que a tradicional trégua olímpica este
ano adquire «especial importância: delegações das duas Coreias desfilarão
juntas sob uma única bandeira e competirão como uma única equipa», facto que,
comentou, «faz esperar num mundo em que os conflitos se resolvam pacificamente
com o diálogo e no respeito recíproco, como ensina o desporto». E a propósito
Francisco garantiu «o compromisso da Santa Sé em apoiar qualquer iniciativa
útil a favor da paz e do encontro entre os povos».
Precedentemente,
dando prosseguimento às catequeses sobre a importância da missa na vida cristã,
o Papa falou sobre a proclamação da última leitura, aquela tirada de um excerto
evangélico, e sobre o comentário que o sacerdote celebrante faz dela. «Na
liturgia da palavra, através do Evangelho e da homilia, Deus dialoga com o seu
povo» explicou o Pontífice, recomendando contudo que a pregação não supere dez
minutos. «A homilia – afirmou, acrescentando uma consideração pessoal ao texto
pronto – deve ser bem preparada».
«E como se prepara
uma homilia?», perguntou o Papa. «Com a oração», respondeu; mas também «com o
estudo da Palavra de Deus e fazendo uma síntese clara e breve».
(osservatoreromano)
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