Experimentar a alegria de competir e atingir uma meta
em equipe
O Papa na Carta ao Cardeal Farrell recorda que “o esporte é uma
riquíssima fonte de valores e virtudes, que nos ajuda a melhorar: “Todo
cristão, na medida em que se santifica, se torna mais fecundo para o mundo”.
Cidade do Vaticano
O Santo Padre enviou uma
Carta ao Cardeal Kevin Farrell, Prefeito do Dicastério para os Leigos, a
Família e a Vida, por ocasião da publicação do documento “Dar o melhor de si”,
sobre a perspectiva cristã do esporte e da pessoa humana.
O novo documento foi
apresentado na manhã desta sexta-feira (01/6), na Sala de Imprensa da Santa Sé,
pelo Cardeal Farrell. Entre os participantes encontrava-se o brasileiro
Alexandre Borges de Magalhães, autor do livro “Esporte e compromisso Cristão”,
publicado no Brasil em 2013.
Em sua Carta ao Cardeal
Farrell, o Papa expressou sua alegria por esta nova publicação do Dicastério,
que tem como objetivo evidenciar o papel da Igreja no mundo do esporte e
ressaltar como o esporte pode ser instrumento de encontro, formação, missão e
santificação.
O esporte, explicou
Francisco, é um lugar de encontro, onde as pessoas, de todos os
níveis e condições sociais, se unem para obter um resultado comum.
Em uma cultura, dominada
pelo individualismo e pelo descarte das jovens gerações e dos idosos, “o
esporte é um âmbito privilegiado, no qual as pessoas se encontram, sem
distinção de raça, sexo, religião ou ideologia; onde também podem experimentar
a alegria de competir e atingir uma meta em equipe.
A disciplina esportiva
envolve, não apenas os companheiros de uma equipe ou time, mas também os
dirigentes, treinadores, torcedores, a família e todos os que se esforçam e se
dedicam “dando o melhor de si”. Isto faz com que o esporte seja um catalisador
de experiências comunitárias e familiares e um lugar de união e encontro entre
as pessoas.
O esporte, afirmou o
Papa, é também um veículo de formação. Hoje, mais do que nunca,
devemos apostar nos jovens, na sua formação e no seu desenvolvimento integral.
Sabemos que as novas
gerações se inspiram nos atletas e desportistas, que, por sua vez, devem dar
exemplo de virtudes, como a generosidade, humildade, sacrifício, constância e
alegria; devem ainda contribuir para o espírito de equipe, o respeito, a
saudável competição e solidariedade com os outros.
Por fim, em sua Carta, o
Santo Padre evidenciou a função do esporte como instrumento de missão e
santificação. A Igreja, afirmou, é chamada a ser sinal de Jesus Cristo no
mundo, também mediante o esporte nos oratórios, nas paróquias, escolas e
associações.
É importante, salientou
Francisco, transmitir a alegria que brota do esporte, que pode abrir caminhos
para Cristo, em todo e qualquer lugar; as pessoas, ao darem testemunho desta
alegria, em ambiente comunitário, se tornam mensageiras da Boa Nova de Jesus.
“Dar o melhor de si” no esporte,
- como diz o título do novo documento vaticano, - é um convite a aspirar à
santidade, um convite muito oportuno, sobretudo, em vista do próximo Sínodo
para os Jovens.
Por isso, afirmou
Francisco, é preciso aprofundar a íntima relação existente entre esporte e
vida. Tal busca nos conduz, com a graça de Deus, a atingirmos a plenitude da
vida, que se chama “santidade”.
O Papa concluiu sua Carta
ao Cardeal Farrell recordando ainda que “o esporte é uma riquíssima fonte de
valores e virtudes, que nos ajuda a melhorar: “Todo cristão, na medida em que
se santifica, se torna mais fecundo para o mundo”.
Logo, para o desportista
cristão, “a santidade consiste em viver o esporte como meio de encontro,
formação da personalidade, testemunho e anúncio da alegria evangélica”.
(vaticannews)
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