Comentário ao Evangelho de Mateus 10,17-22
Por:
S. Fulgêncio de Ruspe (467-532), bispo.
Sermão 3, para a festa de Santo Estêvão - CCL 91ª, 905 (trad. breviário)
«É por isto que todos saberão que sois Meus discípulos:
se vos amardes uns aos outros» (Jo 13, 35)
se vos amardes uns aos outros» (Jo 13, 35)
"A caridade (o Amor) que fez Cristo descer do céu à terra foi a mesma que elevou Santo Estêvão da terra ao céu. O amor, que primeiro existia no Rei, resplandeceu a seguir no soldado [...]
Para onde Estêvão subiu primeiro, martirizado à vista de Paulo, foi para onde Paulo o seguiu, socorrido pelas orações de Estêvão.
Aqui está a verdadeira vida, meus irmãos, aquela em que Paulo não ficou abatido pela morte de Estêvão, mas em que Estêvão se alegrou com a companhia de Paulo, porque a caridade (Amor) leva a alegria tanto a um como ao outro. Em Estêvão, o amor foi superior à hostilidade dos seus inimigos; em Paulo, «a caridade cobriu uma multidão de pecados» (1P 4, 8). Num, como no outro, o amor conseguiu, de modo idêntico, alcançar o Reino dos céus.
A caridade (o Amor) é, pois, a fonte e origem de todos os bens, uma protecção invencível, a via que conduz ao céu. Aquele que caminha segundo a caridade(o Amor) não poderá afastar-se, nem ter medo. Ela dirige, ela protege, ela conduz à meta. Por isso, meus irmãos, dado que Cristo preparou a escada da caridade (do Amor), pela qual todo o cristão pode subir ao céu, sede cuidadosamente fiéis a esse amor, praticai-o entre vós e, progredindo no amor, fazei a vossa ascensão. "
(Do: Evangelho Quotidiano)
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(Nota: Enquanto Estêvão estava a ser lapidado, o erudito Saul – mais tarde S. Paulo –, presente na execução “… estava de acordo com a sua execução.” – Act 7,58-60. 8,1-3.)
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