Hoje é feriado regional. A Região Autónoma dos Açores festeja o seu dia, com pompa e circunstância. Aliás está a comemorá-lo no Canadá, junto com emigrantes e seus descendentes. Foi uma enorme comitiva, desde os governantes, a ex-governantes, representantes dos partidos políticos, os homenageados, RTP Açores ...
Por aqui, tudo está muito calmo. De tarde haverá naturalmente “arraial” pelas freguesias; cada qual faz a sua própria festa. Quem quer e gosta, vai percorrendo os “impérios”, comendo e bebendo e convivendo com os amigos...
QUE A SEGUNDA-FEIRA DO ESPÍRITO SANTO
SEJA MAIS UMA OPORTUNIDADE DE PEDIRMOS AO SENHOR
QUE ENVIE À TERRA O SEU ESPÍRITO!
SEJA MAIS UMA OPORTUNIDADE DE PEDIRMOS AO SENHOR
QUE ENVIE À TERRA O SEU ESPÍRITO!
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Há muitos, muitos anos... íamos sempre para a freguesia das Ribeiras, de camioneta. Eram horas de espera, porque teríamos que aguardar que ela fosse e voltasse...
Um ano, o meu pai teve a feliz ideia de falar ao tio Edmundo para “alugar” um outro transporte, com horas marcadas, que transportou toda a família e até amigos, o que tornou a deslocação divertidíssima.
Era uma dia maravilhoso! Depois da Missa, saia a Procissão, levando a Rainha com vestido, manto e coroa principescos – tradição única na Ilha do Pico.
Acorriam a este lugar, muitos emigrantes com as suas roupas de festa... e que vestidos!
No decorrer da procissão os “calafonas” subiam ao coreto e de mãos cheias, atiravam confeitos “ao Senhor Espírito Santo”. Também durante o arraial iam pelas ruas e atiravam os confeitos pelas janelas. Aqueles que caiam fora eram disputados pelas crianças, que corriam a juntá-los do chão. Durante anos, levei com muitos na cabeça...
De tarde iam todos para as Sopas na “Casa da Segunda-Feira”, com grande fartura para todos. Estavam à porta os “mordomos” a convidar todos os transeuntes a entrar e comer; saíam uns, entravam outros. Havia para todos.
Meu pai, como tinha sido professor nas Ribeiras, eles tinham-lhe um carinho especial e quando nos avistavam, vinham-nos buscar para irmos às “Sopas”, reservando-nos um lugar de destaque.
Tenho muitas recordações boas. Era muito novinha, mas fiquei com muita coisa gravada na minha memoria.
Era o dia do Divino Espírito Santo que mais gostava.”
“ As minhas recordações
da Segunda-Feira do Divino Espírito Santo
na Ilha do Pico
da Segunda-Feira do Divino Espírito Santo
na Ilha do Pico
Há muitos, muitos anos... íamos sempre para a freguesia das Ribeiras, de camioneta. Eram horas de espera, porque teríamos que aguardar que ela fosse e voltasse...
Um ano, o meu pai teve a feliz ideia de falar ao tio Edmundo para “alugar” um outro transporte, com horas marcadas, que transportou toda a família e até amigos, o que tornou a deslocação divertidíssima.
Era uma dia maravilhoso! Depois da Missa, saia a Procissão, levando a Rainha com vestido, manto e coroa principescos – tradição única na Ilha do Pico.
Acorriam a este lugar, muitos emigrantes com as suas roupas de festa... e que vestidos!
No decorrer da procissão os “calafonas” subiam ao coreto e de mãos cheias, atiravam confeitos “ao Senhor Espírito Santo”. Também durante o arraial iam pelas ruas e atiravam os confeitos pelas janelas. Aqueles que caiam fora eram disputados pelas crianças, que corriam a juntá-los do chão. Durante anos, levei com muitos na cabeça...
De tarde iam todos para as Sopas na “Casa da Segunda-Feira”, com grande fartura para todos. Estavam à porta os “mordomos” a convidar todos os transeuntes a entrar e comer; saíam uns, entravam outros. Havia para todos.
Meu pai, como tinha sido professor nas Ribeiras, eles tinham-lhe um carinho especial e quando nos avistavam, vinham-nos buscar para irmos às “Sopas”, reservando-nos um lugar de destaque.
Tenho muitas recordações boas. Era muito novinha, mas fiquei com muita coisa gravada na minha memoria.
Era o dia do Divino Espírito Santo que mais gostava.”
Lília Maria de Ávila e Sousa
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