quinta-feira, 28 de julho de 2011

Quando o dar, não dói …





Meditamos ontem a palavra “Riqueza” e de facto foi muito importante para nós, apresentando-nos algumas facetas que não é habitual pensarmos nelas.


Cuidado com a riqueza, que por vezes é perigosa, porque torna o rico, uma pessoa cada vez mais ambiciosa, egocêntrica, egoísta, corrupto, que não gosta de partilhar a não ser algo que não lhe faz falta ou que lhe dá prestígio social. Por isso Jesus diz que é mais fácil entrar um elefante pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino dos céus. Infelizmente todos nós entendemos bem o que isto quer dizer!


Rico não é só quem tem muito dinheiro, mas também aquele que tem pouco; agem como se fossem os seus próprios deuses, ou seja, o dinheiro e os bens materiais é tudo para ele.

Até as nossas recordações: moveis, objectos decorativos, roupas … estão nos nossos “altares” e são veneradas e cuidadas como seres vivos, os quais não nos desligamos por nada deste mundo, e vivemos assim escravos delas, envoltas numa fumaça triste que nos limita ao passado ...


Os bens materiais são dom de Deus, por isso são coisa boa, criados para a Humanidade usar, cuidar e ser feliz. Por isso aquilo que temos foi-nos dado por Deus para usufruirmos, cuidar e distribuir a quem não tem; assim seremos felizes.

Que direito temos nós de “esconder” um bem que Deus deu para todos?

Por que me deu a mim tantos talentos e a outros não?

Quem somos nós para merecermos tantas graças? Ninguém!

Tudo nos foi dado por misericórdia e para sermos fieis depositários e distribuidores das riquezas materiais e divinas. Não há palavras, não há tempo suficiente para agradecer as dádivas de Deus.


Lemos no Evangelho de João a passagem do jovem rico que cumpria os Mandamentos, mas Jesus queria fazer dele seu íntimo colaborador e pediu-lhe mais: que ele vendesse tudo o que tinha e O seguisse. Aí o jovem não aceitou o convite e foi embora.

Somos este rapaz, irmãos: cumprimos os Mandamentos, mas quanto a nos pedirem o que nos custa dar... isso não! Temos medo de sofrer, de nos desinstalarmos / sair do comodismo, passar privações, dar o que nos custa dar, viver dependentes do querer do Senhor, de desapegar das recordações.

Colocar Jesus no centro da minha vida? Desligar das coisas materiais, para acolher as espirituais? Sermos livres de tudo quanto nos acorrenta para escolhermos Jesus como ideal da nossa vida? SIM, irmãos. Esse é o Caminho certo, porque ao amarmos assim o Senhor, estamos a amá-Lo em cada um nossos irmãos que vivem à nossa volta: é o amor fraterno, é sermos luz, é amarmos na dimensão da Cruz, como Jesus fez.


Ânimo! Deus não te deixa na miséria! Ele dá de comer aos pássaros do céu e veste os lírios do campo. Ele sustenta os nossos catequistas, suscitando irmãos generosos que partilham com eles o seu “pão”!

Arrisca no Senhor, que Ele não te defrauda!”, diz o nosso Catequista.


Quanto mais se dá, mais se tem!

Faz a Experiência!



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