A confissão do Papa Francisco
VATICANO, 28 Mar. 14 /
03:36 pm (ACI).- O Papa Francisco recebeu na
manhã desta sexta-feira no Salão das Bênçãos, 600 participantes no curso anual
do foro interno da Penitenciária Apostólica. Há 25 anos esse dicastério
oferece, sobre tudo aos sacerdotes recém-ordenados e diáconos, este curso para
contribuir à formação de bons confessores. Em seu discurso o Santo Padre
convidou os presentes a entesourar a experiência adquirida para ajudar cada vez
mais a Igreja e os confessores a desempenhar “o ministério da misericórdia, que
é tão importante” e refletiu com eles sobre três pontos chave da confissão.
*“Em primeiro lugar o protagonista do ministério da
reconciliação é o Espírito Santo. O perdão que o sacramento confere é a vida
nova transmitida pelo Senhor Ressuscitado através de seu Espírito… Portanto,
estão chamados a serem sempre ‘homens do Espírito Santo, testemunhas e
anunciadores, alegres e fortes, da ressurreição do Senhor’”. O Santo
Padre os convidou a acolher os penitentes “não com a atitude de um juiz e
tampouco com a de um simples amigo, mas, com a caridade de Deus... O coração do
sacerdote é um coração que se comove... Lembrando que a tradição indica o duplo
papel de médico e juiz dos confessores, não podemos esquecer que como médico o
padre está chamado a curar e como juiz a absolver”.
*“A Reconciliação transmite a vida nova do
Ressuscitado e renova a graça batismal -explicou o Papa abordando o segundo
aspecto- a tarefa do padre é, então, a de dá-la generosamente aos fiéis. Um
sacerdote que não se dedica a esta parte de seu ministério... é como um pastor
que não se preocupa com as ovelhas que se perderam”. “A misericórdia é o
coração do Evangelho. É a boa nova de que Deus nos ama, de que ama sempre o
pecador e com este amor o atrai para si e o convida à conversão. Não esqueçamos
que, frequentemente, os fiéis tem dificuldade em confessar-se, seja por motivos
práticos, seja pela dificuldade natural de confessar a outro homem os pecados
próprios”. Por isso, continuou o Papa Francisco, “é necessário trabalhar
em nós mesmos, sobre a nossa humanidade, para que não representemos nunca um
obstáculo mas que favoreçamos sempre a aproximação à misericórdia e ao perdão.
A confissão não é um tribunal de condenação, mas uma experiência de perdão e
misericórdia!”.
*Por último, Francisco referiu-se às dificuldades que,
com frequência, encontra a confissão. “As razões são tantas, sejam históricas
ou espirituais. Entretanto, sabemos que o Senhor quis dar de presente este dom
imenso à sua Igreja, oferecendo aos batizados a segurança do perdão do Pai”.
Por isso, concluiu o Papa, é muito importante que em todas as dioceses e
comunidades paroquiais se preste muita atenção à celebração deste sacramento de
perdão e salvação. É importante que em todas as paróquias os fiéis saibam
quando podem encontrar disponíveis os sacerdotes: “quando há fidelidade, vemos
os frutos”.
(acidigital.com)
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