ANGRA
DO HEROÍSMO, PATRIMÓNIO MUNDIAL
Há
251 anos, desembarca na cidade de Angra o 1.º capitão-general governador dos
Açores, D. Antão de Almada.
O decreto de 2 de agosto de 1766 havia criando a capitania e regedoria das justiças para as ilhas dos Açores, com amplos poderes governativos.
O
primeiro capitão-general nomeado foi D. Antão de Almada, do conselho de el-rei,
com o vencimento de 2.004$000 e seu secretário com o de 400$000.
No dia 28 de setembro fundeava na baía de Angra a armada
conduzindo à cidade, sede do governo açoriano, o
seu governador, com o estado maior, corregedor Alexandre de Proença, juiz de
fora da cidade Valério José de Leão e o regimento chamado «do Porto»,
magistrados e forças que se destinavam para as comarcas da cidade e vilas.
Após
salvas em terra e no mar, desembarcaram, dirigindo-se aos pontos indicados para
residência, sendo o general muito visitado pelas pessoas grandes da terra.
Durante
três dias se fizeram luminárias e os festejos públicos que era uso naqueles
momentos de júbilo.
Ao
terceiro dia foi cantado um solene «Te-Deum» na Sé Catedral; e, dada a posse do
governo geral das ilhas, houve parada geral, descargas dos diversos corpos de
artilharia e infantaria, passando o general a exercer o seu governo, tratando,
em primeiro lugar, da pacificação das famílias, conseguindo erguer a capital
açoriana à altura do seu papel na civilização.
Começou a cidade a viver uma vida de fausto e ostentação,
a que a obrigava o seu capitão-general convidando os nobres ao seu palácio e
frequentando as suas casas. Daí a distinção do trato.
In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 296, Angra do
Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.
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