quinta-feira, 28 de setembro de 2017



ANGRA DO HEROÍSMO, PATRIMÓNIO MUNDIAL

Há 251 anos, desembarca na cidade de Angra o 1.º capitão-general governador dos Açores, D. Antão de Almada.

O decreto de 2 de agosto de 1766 havia criando a capitania e regedoria das justiças para as ilhas dos Açores, com amplos poderes governativos.
O primeiro capitão-general nomeado foi D. Antão de Almada, do conselho de el-rei, com o vencimento de 2.004$000 e seu secretário com o de 400$000.
No dia 28 de setembro fundeava na baía de Angra a armada conduzindo à cidade, sede do governo açoriano, o seu governador, com o estado maior, corregedor Alexandre de Proença, juiz de fora da cidade Valério José de Leão e o regimento chamado «do Porto», magistrados e forças que se destinavam para as comarcas da cidade e vilas.
Após salvas em terra e no mar, desembarcaram, dirigindo-se aos pontos indicados para residência, sendo o general muito visitado pelas pessoas grandes da terra.
Durante três dias se fizeram luminárias e os festejos públicos que era uso naqueles momentos de júbilo.
Ao terceiro dia foi cantado um solene «Te-Deum» na Sé Catedral; e, dada a posse do governo geral das ilhas, houve parada geral, descargas dos diversos corpos de artilharia e infantaria, passando o general a exercer o seu governo, tratando, em primeiro lugar, da pacificação das famílias, conseguindo erguer a capital açoriana à altura do seu papel na civilização.
Começou a cidade a viver uma vida de fausto e ostentação, a que a obrigava o seu capitão-general convidando os nobres ao seu palácio e frequentando as suas casas. Daí a distinção do trato.

In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 296, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.


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