Santa Sé assina Tratado sobre proibição de
armas nucleares
Nova York (RV) - O secretário das Relações com
os Estados, Dom Paul Richard Gallagher, assinou – também em nome e por conta do
Estado da Cidade do Vaticano – o Tratado sobre a proibição das armas nucleares,
adotado em 7 de julho de 2017 ao término da Conferência das Nações Unidas.
Esse instrumento é “um marco”,
entre outros, dos instrumentos jurídicos promovidos para conter a ameaça global
apresentada pelas armas atômicas e chegar a sua eliminação total, disse o
arcebispo esta quarta-feira (20/09) em Nova York.
Superar ameaça nuclear,
superioridade militar, ideologia e unilateralismo que recordam lógica da guerra
fria
Deve-se responder
às crescentes tensões relacionadas ao programa nuclear da Coreia do Norte
buscando relançar as negociações. Em particular, devem ser superadas a ameaça
nuclear, a superioridade militar, a ideologia e o unilateralismo que recordam a
lógica da guerra fria, ressaltou o representante vaticano por ocasião da
Conferência para facilitar a entrada em vigor do Tratado.
Comunidade internacional
chamada a adotar estratégias clarividentes
O arcebispo inglês
recordou também o que o Papa Francisco indicara na mensagem de 23
de março passado centralizada no tema das armas nucleares: “a comunidade
internacional está chamada a adotar estratégias clarividentes para promover o
objetivo da paz e da estabilidade e evitar abordagens míopes dos problemas de
segurança nacional e internacional” – escreveu o Santo Padre.
“Ética e direito baseados na
ameaça da destruição recíproca — e potencialmente de toda a humanidade — são
contraditórios com o próprio espírito das Nações Unidas”, recordou o Pontífice
na referida mensagem.
Embora não nos
iludindo sobre os desafios existentes para o alcance de um mundo livre das
armas nucleares – observou Dom Gallagher –, os novos programas e a contínua
proliferação de armas nucleares são muito mais desencorajadores.
Falsa sensação de segurança
dada pelas armas nucleares
As armas nucleares
oferecem uma falsa sensação de segurança. A paz prometida pela dissuasão
nuclear mostrou-se e se mostra uma trágica ilusão. A paz e a estabilidade
internacional não podem ser fundadas na destruição recíproca ou na ameaça de
aniquilamento, afirmou.
É essencial
substituir a logica do medo e da desconfiança por uma ética de responsabilidade
contribuindo para criar um clima de confiança que valorize o diálogo
multilateral.
(RL/AL)
(radiovaticana)
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