Deus não exclui ninguém,
no Reino há lugar para todos
Angelus
Cidade do Vaticano (RV) – “Deus não exclui ninguém e quer que cada um chegue a sua
plenitude”: foi o que disse o Papa Francisco comentando na sua
alocução que precedeu a oração mariana do Angelus neste domingo, na Praça São
Pedro, a parábola do patrão que recompensa do mesmo modo, trabalhadores que
trabalharam por tempos diversos.
“A recompensa – explicou – é a
salvação eterna. Jesus não quer falar do problema do trabalho e do salário
justo, mas do Reino de Deus! E a mensagem é essa: no Reino de Deus não há
desempregados, todos são chamados a fazer a sua parte; e para todos, no final,
haverá a recompensa que vem da justiça divina, não humana, para a nossa sorte,
isto é a salvação que Jesus Cristo nos adquiriu com a sua morte e
ressurreição”.
Em mérito a isso o Papa
recordou: “a salvação não é merecida, mas
doada, gratuita, porque os últimos serão os primeiros e os
primeiros serão os últimos”.
Segundo Francisco,
“com esta parábola, Jesus quer abrir os nossos corações à lógica do amor do
Pai, que é gratuito e generoso. Trata-se de deixar-se maravilhar e fascinar
pelos pensamentos e pelos caminhos de Deus, que como recorda o profeta Isaías,
não são os nossos pensamentos e não são os nossos caminhos”.
“Os pensamentos humanos – disse
Francisco -, são muitas vezes marcados por egoísmos e ambições pessoais, e os
nossos estreitos e tortuosos caminhos não são comparáveis com os caminhos
largos e retos do Senhor. Ele usa misericórdia, perdoa amplamente, é cheio de
generosidade e bondade que derrama sobre cada um de nós, abre a todos os
territórios ilimitados de seu amor e de sua graça, que somente podem dar ao coração
humano a plenitude da alegria”.
“Jesus – sintetizou
o Papa -, quer que contemplemos o olhar daquele patrão: o olhar com o qual ele
vê cada um dos trabalhadores que esperam trabalho, e os chama a ir à sua
vinha”.
“É um olhar cheio de atenção,
de benevolência; é um olhar que chama, que convida a se levantar, a caminhar,
porque deseja a vida para cada um de nós, quer uma vida plena, comprometida,
salvada do vazio e da inércia. Deus não exclui ninguém e quer que cada um
alcance sua plenitude. É esse o amor do nosso Deus que é Pai”.
Enfim o Papa invocou Maria Santíssima para que nos ajude a acolher em
nossa vida a lógica do amor, que nos liberta da presunção de
merecer a recompensa de Deus e do julgamento negativo sobre os outros.
Em seguida o Papa
rezou a oração do Angelus e concedeu a todos a sua Benção Apostólica.
Após a oração o
Papa recordou que neste sábado em Oklahoma City (Estados Unidos da América), foi proclamado Beato Stanley Francis Rother,sacerdote
missionário, assassinado por ódio à fé por seu trabalho de evangelização e
promoção humana em favor dos mais pobres na Guatemala.
Seu exemplo heróico
– disse o Papa -, nos ajude a sermos testemunhas corajosas do Evangelho,
comprometendo-nos em favor da dignidade do homem.
Francisco saudou
ainda todos os romanos e peregrinos provenientes de diversos países. Em
particular, saudou o coral da Missão Católica Italiana de Berna, a comunidade
romana de Comunhão e Libertação, os fiéis de Villadossola, Offanengo e Nola.
Concluiu desejando a todos um bom domingo. “E, por favor - repetiu mais uma vez
-, não se esqueçam de rezar por mim. Bom almoço e até breve!
(SP)
(radiovaticana)
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