Papa aos líderes mundiais:
a guerra é negação de todo direito
Cidade do Vaticano (RV) – O
Papa twittou a seguinte mensagem nesta quarta-feira (13): “a guerra é negação
de todo direito.
Rezemos por aqueles que têm a
responsabilidade de evitar a guerra entre os povos”. O tweet foi divulgado
enquanto os líderes mundiais fazem um enfrentamento sócio-político sobre o
desenvolvimento e o futuro do planeta em Nova York, na Assembleia Geral das
Nações Unidas.
As palavras de Francisco também
recaem no dia em que se recorda a visita papal a Redipuglia, província italiana
de Gorizia, perto da Eslovênia, em 2014, em memória ao centenário da Primeira
Guerra Mundial. Naquele ano, Francisco foi rezar pelas vítimas de todas as
guerras no maior cemitério militar da Itália.
Naquela ocasião, o
Papa enfatizou como a guerra destrói “também aquilo que Deus criou de mais
bonito: o ser humano”. De fato, “a guerra é loucura”, insistiu Francisco, “o
seu plano de desenvolvimento é a destruição”. E se “a ganância, a intolerância,
a ambição ao poder.... são motivos que impelem a opção bélica”, observou o
Pontífice, “esses motivos são muitas vezes justificados por uma ideologia; mas
antes dessa, há a paixão, o impulso desordenado. A ideologia é uma
justificativa e, quando não há uma ideologia, há a resposta de Caim: ‘a mim,
que me importa?’, ‘sou, porventura, guarda do meu irmão?’”.
Francisco advertiu
ainda que a guerra não respeita ninguém: nem idosos, nem crianças, nem mães e
pais. E, se ainda hoje, são tantas as vítimas da Terceira Guerra Mundial
“combatida ‘em pedaços’, com crimes, massacres, destruições...”, é porque ainda
hoje existem “interesses, planos geopolíticos, cobiça ao dinheiro e ao poder, a
indústria das armas”.
Naquela
oportunidade em Redipuglia, Francisco inclusive pediu a todos “a conversão do
coração: passar do ‘a mim, que me importa?’, ao pranto. Irmãos”, insistiu o
Papa, “a humanidade precisa chorar, e esta é a hora de chorar”.
(AC/RG)
(radiovaticana)
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