quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Papa aos líderes mundiais:
a guerra é negação de todo direito

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa twittou a seguinte mensagem nesta quarta-feira (13): “a guerra é negação de todo direito.

Rezemos por aqueles que têm a responsabilidade de evitar a guerra entre os povos”. O tweet foi divulgado enquanto os líderes mundiais fazem um enfrentamento sócio-político sobre o desenvolvimento e o futuro do planeta em Nova York, na Assembleia Geral das Nações Unidas.

As palavras de Francisco também recaem no dia em que se recorda a visita papal a Redipuglia, província italiana de Gorizia, perto da Eslovênia, em 2014, em memória ao centenário da Primeira Guerra Mundial. Naquele ano, Francisco foi rezar pelas vítimas de todas as guerras no maior cemitério militar da Itália.

Naquela ocasião, o Papa enfatizou como a guerra destrói “também aquilo que Deus criou de mais bonito: o ser humano”. De fato, “a guerra é loucura”, insistiu Francisco, “o seu plano de desenvolvimento é a destruição”. E se “a ganância, a intolerância, a ambição ao poder.... são motivos que impelem a opção bélica”, observou o Pontífice, “esses motivos são muitas vezes justificados por uma ideologia; mas antes dessa, há a paixão, o impulso desordenado. A ideologia é uma justificativa e, quando não há uma ideologia, há a resposta de Caim: ‘a mim, que me importa?’, ‘sou, porventura, guarda do meu irmão?’”.

Francisco advertiu ainda que a guerra não respeita ninguém: nem idosos, nem crianças, nem mães e pais. E, se ainda hoje, são tantas as vítimas da Terceira Guerra Mundial “combatida ‘em pedaços’, com crimes, massacres, destruições...”, é porque ainda hoje existem “interesses, planos geopolíticos, cobiça ao dinheiro e ao poder, a indústria das armas”.

Naquela oportunidade em Redipuglia, Francisco inclusive pediu a todos “a conversão do coração: passar do ‘a mim, que me importa?’, ao pranto. Irmãos”, insistiu o Papa, “a humanidade precisa chorar, e esta é a hora de chorar”.

(AC/RG) 

(radiovaticana)

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