A familiaridade com Jesus nos liberta
Missa Santa Marta
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco
celebrou na manhã desta terça-feira (26/09) a missa na capela da Casa Santa
Marta. Em sua homilia, falou do conceito de família, inspirando-se no Evangelho
de Lucas proposto pela liturgia do dia.
Para Jesus, família são os que
ouvem a Palavra de Deus e a colocam em prática. No Evangelho, é o Senhor que
chama “mãe”, “irmãos” e “família” os que o circundavam e o ouviam na pregação.
E isso, observou o Papa, "faz pensar no conceito de familiaridade com Deus
e com Jesus”, que é algo a mais em relação ao ser “discípulos” ou “amigos”;
“não é uma atitude formal nem educada e muito menos diplomática”, afirmou o
Papa.
E então "o que significa
esta palavra que os padres espirituais na Igreja tanto usaram e nos
ensinaram?".
Antes de tudo,
explicou Francisco, significa "entrar na casa de Jesus: entrar
naquela atmosfera, viver aquela atmosfera, que está na casa de Jesus. Viver
ali, contemplar, ser livres, ali. Porque os filhos são os livres, os que moram
na casa do Senhor são os livres, os que têm familiaridade com Ele são os
livres. Os outros, usando uma palavra da Bíblia, são os ‘filhos da escrava’,
digamos assim, são cristãos, mas não ousam se aproximar, não ousam ter esta
familiaridade com o Senhor, e sempre há uma distância que os separa do Senhor".
Mas familiaridade
com Jesus, como nos ensinam os grandes Santos, acrescentou o Papa, significa
também “estar com Ele, olhá-Lo, ouvir a sua Palavra, tentar praticá-la, falar
com Ele" .
E a palavra é
oração, destacou Francisco: "aquela oração que se faz
inclusive na rua: 'Mas, Senhor o que acha?' Esta é a familiaridade, não?
Sempre. Os Santos tinham isso. Santa Teresa, é bonito, porque diz que via o
Senhor em todos os lugares, era familiar com o Senhor por todos os lados, mesmo
entre as panelas na cozinha, era assim".
Por fim,
familiaridade é "permanecer" na presença de Jesus como Ele mesmo nos
aconselha na Última Ceia ou como nos recorda o início do Evangelho, destacou
Francisco, quando João indica: "este é o cordeiro de Deus que tira os
pecados do mundo. E André e João foram atrás de Jesus" e, como está
escrito, “permaneceram, ficaram com Ele todo o dia”.
Esta é, portanto,
reiterou o Papa, a atitude de familiaridade, não aquela dos cristãos que,
porém, mantêm distância de Jesus. E então Francisco pede a cada um: "vamos dar um passo nesta atitude de familiaridade com o
Senhor. Aquele cristão, com problemas, que vai no ônibus, no metrô e
interiormente fala com o Senhor ou pelo menos sabe que o Senhor o vê, lhe está
próximo: esta é a familiaridade, é proximidade, é sentir-se da família de
Jesus. Peçamos esta graça para todos nós, entender o que significa
familiaridade com o Senhor. Que o Senhor nos conceda esta graça".
(radiovaticana)
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