Vaticano,
12 Nov. 18 / 10:05 am (ACI).-
O Papa Francisco destacou a música e o canto como ferramentas eficazes para a
evangelização no mundo contemporâneo capazes de "transmitir, de maneira
universal, a beleza e a força do amor cristão".
Francisco
se expressou assim durante a audiência que ofereceu no Vaticano aos membros da
associação italiana "Gli Alunni del Cielo" ( "Alunos do
Céu") por ocasião dos 50 anos da sua fundação e do décimo aniversário da
morte do fundador, Pe. Giuseppe Arione.
Os
"Alunos do Céu" são um grupo de jovens que, desde 1968, anunciam o
Evangelho através da música e do canto. Por isso, viajam por toda a Itália e
grande parte da Europa oferecendo concertos e outras atividades de apostolado.
O
Pontífice resumiu o importante trabalho desta Associação ao longo de sua
história, desde que Padre Arione a fundou: "A sua missão se realiza nas
pegadas do carisma e do testemunho do Padre Arione. Ao seguir as orientações do
Concílio Vaticano II, por uma Igreja em
diálogo com o mundo contemporâneo, o fundador opôs-se, em 1968, à atitude de
protestos com o acolhimento”.
Padre
Arione “se dedicou a uma forma de apostolado utilizando a música e o canto como
linguagem capaz de transmitir, de maneira universal, a beleza e a força do amor
cristão. Ele passava pelos ‘cruzamentos das ruas’, até em lugares antes
inexplorados pela Igreja, para se encontrar com os adolescentes e jovens”.
“A todos, sem distinção, dirigia-se, com empatia e benevolência, propondo um
caminho de fé e fraternidade, cuja finalidade era evangelizar com a música e
cantar o amor de Deus, gerando amizade e partilha fraterna”.
Francisco
encorajou os presentes a "levar adiante o carisma deste generoso jesuíta,
renovando-o nas suas formas, mas preservando a sua inspiração profética, válida
e atual”.
Para
isso, “é preciso cuidar da vida interior,
sem deixá-la ‘roubar’ pelo barulho mundano, mas cultivá-la por meio da oração
pessoal e comunitária, ouvindo a Palavra de Deus, participando dos Sacramentos e,
sobretudo, da Confissão e da Eucaristia”.
Deste
modo, “suas vozes e suas músicas não só agradarão ao bom gosto musical, mas
serão enriquecidas pelo seu testemunho de vida cristã, promovendo nas pessoas
que as escutam o desejo de comunhão com Deus, como arautos do Evangelho”.
Também
insistiu que a sua missão "está enraizada na tradição das Sagradas
Escrituras, especialmente nos Salmos, que convidam a celebrar o Senhor com a
harpa, a cantar e louvar ao Senhor com cordas e flautas".
"Cantar
bem requer esforço e boa vontade, mas é um esforço gratificante, pois eleva o
espírito, tornando-a mais sensível à voz do Espírito, especialmente quando seus
cantos acompanham as celebrações litúrgicas, oferecendo aos fiéis a maior
proximidade e uma intimidade mais fiel profunda com Deus".
Deste
modo, "vocês expressam a alegria, a confiança, o arrependimento e o
amor... O canto é uma linguagem que leva à comunhão dos corações; agradeço-os
especialmente, porque, cruzando todas as fronteiras, transmitam uma mensagem de
paz e fraternidade".
Explicou
que "no coral você sente a alegria e o encanto da polifonia. Exorto-os a
serem ‘polifónicos’, inclusive no dia a dia, tanto entre vocês como com os
outros".
Em
primeiro lugar, "levem em consideração que, ainda mais do que pela beleza
dos seus cantos, os reconhecerão como discípulos e testemunhas de Cristo se os
amais uns aos outros como Ele nos amou".
"Este
– concluiu o Papa – é o modo de vocês serem uma Igreja missionária, capaz de
contagiar e atrair aqueles que esperam, talvez sem saber, um encontro com
Jesus".
(acidigital)
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