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Missa em Santa Marta
E a
rejeição também deve nos fazer pensar nas vezes que Jesus nos chama; nos chama
a fazer festa com Ele, a estar perto Dele, a mudar de vida., disse o Papa na
homilia.
Adriana Masotti – Cidade do Vaticano
O Papa Francisco começou a terça-feira (06/11)
celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta. O tema da homilia foi o
trecho do Evangelho do dia, extraído do capítulo 14 de Lucas, sobre os
convidados que rejeitam o banquete.
A narração é sobre um almoço, o banquete que
um chefe dos fariseus organizou e ao qual Jesus também foi convidado. Naquela
ocasião, narra o Evangelho de ontem, cujo de hoje é a continuação, Jesus tinha
curado um doente e observou que muitos convidados tentavam ocupar os primeiros
lugares. E recomendou ao fariseu que convidasse para o almoço os últimos,
aqueles que não podem retribuir o favor.
Dupla rejeição
A um certo ponto, no banquete, e aqui começa o
trecho de Lucas de hoje, um dos comensais exclama: “Feliz aquele que come o pão
no Reino de Deus!”.
É o trecho da rejeição dupla, disse o Papa. E
Jesus então conta a história de um homem que pede um grande jantar e faz muitos
convites. Os seus servos dizem aos convidados: “Vinde, pois tudo está pronto!
Mas todos começam a arrumar desculpas para não ir. Quem comprou um campo, quem
comprou cinco juntas de bois, quem acabou de se casar. “E sempre desculpas.
Eles se desculpam.”
Desculpar-se é a palavra educada para não
dizer: “Rejeito”, disse o Papa. Eles recusam, mas educadamente. Então o patrão
fica zangado e diz ao empregado para sair pelas praças e ruas da cidade,
obrigando os aleijados, cegos e coxos a participar. E o trecho do Evangelho –
afirmou Francisco – termina com a segunda rejeição, mas desta vez da boca de
Jesus”. (…) “Quem recusa Jesus, Jesus espera, dá uma segunda oportunidade,
talvez uma terceira, uma quarta, quinta.. Mas no final recusa Jesus.”
E a rejeição também
deve nos fazer pensar nas vezes que Jesus nos chama; nos chama a fazer festa
com Ele, a estar perto Dele, mudar de vida. Pensem que ele busca seus amigos
mais íntimos e eles O rejeitam! Depois busca os doentes...e vão; talvez alguém
rejeita. Mas quantas vezes nós sentimos a chamada de Jesus para ir até Ele,
para fazer uma obra de caridade, para rezar, para encontra-Lo e nós dizemos:
“Mas desculpe, Senhor, estou atarefado, não tenho tempo. Sim, amanhã, não
posso...” E Jesus fica ali.
Desculpas para Jesus
O Papa se pergunta quantas vezes também nós
pedimos a Jesus que nos desculpe quando Ele “nos chama para nos encontrar, a
falar, a fazer uma bela conversa”. Também nós rejeitamos o convite de Jesus:
Cada um de nós
pense: na minha vida, quantas vezes senti a inspiração do Espírito Santo a
fazer uma obra de caridade, a encontrar Jesus naquela obra de caridade, ir
rezar, de mudar de vida nisto, nisto que não vai bem? E sempre encontrei um
motivo para me desculpar, para rejeitar.
Jesus é bom, mas é justo
Francisco diz que entrará no Reino de Deus
quem não recusa Jesus ou quem não é rejeitado por Ele. Para quem diz que Jesus
é bom e perdoa tudo, o Papa observou:
“Sim, é bom, é
misericordioso” – é misericordioso, mas é justo. Se você fecha a porta do seu
coração, Ele não pode abri-la, porque respeita o nosso coração. Rejeitar Jesus
é fechar a porta a partir de dentro e Ele não pode entrar.
Com sua morte, Jesus pagou o banquete
Há outro elemento que o Papa observa, isto é,
quem paga o banquete? É Jesus! O Apóstolo na Primeira Leitura “nos mostra o
recibo desta festa”, falando de Jesus que ‘esvaziou-se a si mesmo, assumindo
uma condição de servo e fazendo-se obediente até a morte na cruz’. “Com a sua
vida – disse Francisco – Jesus pagou a festa. E eu digo: ‘Não posso’ (...) Que
o Senhor nos dê graça – concluiu – de entender este mistério da dureza de
coração, de obstinação, de rejeição e a graça de chorar”.
(vaticannews)
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