Sala Paulo VIQuarta-feira,
Queridos irmãos e irmãs,
Pregado na cruz, Jesus lança este grito: «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?» No momento extremo da sua rejeição pelos homens, Ele reza, deixando transparecer tanto a solidão do seu coração como a certeza da presença do Pai, a quem reafirma plena adesão aos seus desígnios de salvação da humanidade. Mas, como é possível que Deus não intervenha para libertar o seu Filho desta prova terrível? É importante compreender que a oração de Jesus não é o grito de um desesperado, que se sente abandonado. Mas, ao rezar um salmo de Israel - as palavras referidas são o início do salmo 22, Jesus toma sobre Si o sofrimento do seu povo e de todos os homens oprimidos pelo mal e leva-o até ao próprio coração de Deus, seguro de que o seu grito será atendido na ressurreição. Enfim Jesus vive o seu sofrimento em comunhão connosco e por nós; é um sofrimento que brota do amor e, por isso, já contém em si a redenção, a vitória do amor.
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Saúdo os fiéis da arquidiocese de Porto Alegre e restantes peregrinos de língua portuguesa. Sede bem-vindos! Com a sua ressurreição, Cristo abriu a estrada para além da morte; temos a estrada desimpedida até ao Céu. Que nada vos impeça de viver e crescer na amizade do Pai celeste, e testemunhar a todos a sua bondade e misericórdia! Sobre vós e vossas famílias, desça a sua Bênção generosa.
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