Postal de Natal
(Recebi este Postal de Natal que transcrevo, abaixo)
“Pretendia fugir aos lugares comuns desta quadra e denunciar alto e bom som que há meninos (as) que continuam a nascer para morrer, de imediato, muitos sobrevivem poucos anos à tragédia da fome e da ignorância, outros ainda morrem porque não têm lugar na estalagem da vida.
Enquanto isto, refastelamo-nos com prendas desnecessárias e supérfluas e banqueteamo-nos à mesa da luxúria indigesta que adoenta os nossos sentimentos e nos destrói, progressivamente, o respeito pelo outro.
O Natal como está, é o símbolo da riqueza; Jesus de Nazaré o símbolo da solidariedade, o defensor da igualdade entre os homens de todas as raças e nações, o "Deus admirável, o Príncipe da Paz".
Quando é que nos convencemos de que o Natal que fabricamos, anualmente, não é o original e fere o código do Amor?
Como desejar Boas Festas se, neste mundo contraditório, a maior parte dos homens não se senta à mesa da fraternidade?
Partilhar estas preocupações com os amigos é antes de mais um acto penitencial. Gostaria de ser o primeiro a lutar contra a corrente do despesismo, mas também eu vou na onda e sou levado a comprazer-me nesta ideologia que só tem sentido se fôr actuante.
Que o Menino Jesus "toque" a nossa consciência e nos faça partilhar o supérfluo por quem necessita, pois ele - o supérfluo - não nos pertence.
Grande abraço”
Obrigada pela tua partilha.
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