"Não te digo, Pedro, que perdoes sete vezes, mas setenta vezes sete, diz o Senhor."
(Lc4, 24-30)
Vila Nova de Gaia, Porto, 29 Mar (Ecclesia) – A Confissão, nome pelo qual é conhecido o sacramento católico da Penitência, tem efeitos terapêuticos e possibilita a recuperação da harmonia, considera o padre e psicólogo João de Deus Costa Jorge.
A posição foi defendida na conferência "Reconciliação e terapia – Aspectos psicológicos", realizada esta quinta-feira em Valadares, Vila Nova de Gaia, refere um comunicado de imprensa enviado à Agência ECCLESIA pelos Missionários da Boa Nova, que organizaram o evento.
O professor da Universidade Católica Portuguesa defendeu que a prática do sacramento tem diminuído devido à perda de consciência e de sentido do pecado, além da resistência do ser humano para reconhecer as suas fraquezas.
Costa Jorge, pertencente à congregação católica dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos), denunciou igualmente a falta de disponibilidade dos padres para o sacramento e as “apressadas” confissões em massa realizadas durante a Quaresma e Advento.
O orador classificou o perdão como a experiência “máxima” da pessoa e sublinhou que a fase final do processo de reconciliação, que consiste na transformação do mal em ocasião de bem, ultrapassa as teorias e práticas psicológicas.
O colóquio integrou-se na edição de 2011 do ciclo de conferências do Seminário de Valadares, que comemora 50 anos de existência.
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