Audiência
Geral
Cidade
do Vaticano (RV) – A Praça São Pedro ficou lotada na manhã desta quarta-feira
(19/04) fria, mas ensolarada, para o habitual encontro de Francisco com fiéis,
peregrinos, turistas e romanos. Ainda no clima da Páscoa que a Liturgia
continua a celebrar, em sua catequese o Papa refletiu com os fiéis sobre Cristo Ressuscitado, ‘nossa esperança’, como
apresentado por São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios.
A Ressurreição
provocava discussões na comunidade de Corinto e Paulo queria esclarecê-la aos
cristãos. “Jesus morreu por nossos pecados, foi sepultado e no terceiro dia
ressuscitou e apareceu a Pedro e aos Doze Apóstolos”, dizia.
“O
cristianismo nasce aqui. Não é uma ideologia, não é uma corrente filosófica,
mas um caminho de fé que nasce com um evento testemunhado pelos primeiros
discípulos de Jesus”.
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O Papa
prosseguiu explicando que “a Ressurreição é o núcleo central da fé; se tudo tivesse
acabado com a morte, Cristo foi um exemplo de dedicação suprema, sim, mas isto
não poderia gerar a nossa fé. Ele não era um herói. Aceitar que Cristo morreu
na Cruz não é um ato de fé; é um fato histórico, crer que ressuscitou o é.
Jesus é vivo, é o fulcro do evento. Nossa fé
nasce na manhã de Páscoa”.
Explicando
este mistério aos cristãos, Paulo conta que de todos os discípulos que viram o
Ressuscitado aparecer, ele foi o último, ‘o menos digno’. Paulo tem uma
história pessoal dramática: era um perseguidor da Igreja, orgulhoso das
próprias convicções, até o dia em que improvisamente encontrou Jesus no caminho
para Damasco. Aquele
evento deu uma guinada em sua vida. De perseguidor se tornou Apóstolo, porque
viu Jesus vivo e ressuscitado. Este é o fundamento da fé de todos os Apóstolos
e também da nossa”.
“É belo
pensar que o cristianismo, essencialmente é isso!”, comentou o Papa. “Não somos
nós a procurar Deus, mas é Deus que nos procura, nos conquista e não nos
abandona jamais. O
cristianismo é graça; é surpresa, mas deve encontrar nosso coração aberto, capaz
de receber maravilhas. Um coração fechado não pode entender o que é o
cristianismo. Mesmo sendo pecadores, mesmo olhando para trás e vendo uma vida
cheia de insucessos, na manhã de Páscoa podemos ir ao sepulcro de Jesus e ao
ver a pedra descartada saberemos que Deus está realizando um futuro para nós.
Encontraremos
felicidade, alegria e vida onde todos pensavam que havia tristeza, derrotas e
trevas. Deus faz
crescer suas flores mais belas em meio às pedras mais áridas”.
Terminando
sua catequese, o Papa concluiu que “ser cristãos significa não começar pela
morte, mas pelo amor de Deus por nós, que derrotou o nosso maior inimigo. É
suficiente uma vela acesa para vencer a mais sombria das noites. E se alguém
nos perguntar o porquê do nosso sorriso e da nossa paciência e solidariedade,
podemos responder que ‘Jesus
ainda está aqui, continua vivendo no meio de nós. Ele está aqui na Praça, vivo
e ressuscitado’”.
(radiovaticana)
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