Cidade do Vaticano (RV) – Nesta
Quinta-feira Santa (13/04), primeiro dia do Tríduo Pascal, o Papa Francisco
celebrou a missa do Crisma na Basílica de São Pedro.
No dia em que a Igreja recorda a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, a homilia do Papa começou precisamente
com a afirmação que “assim como o Senhor foi ungido pelo Espírito, os
sacerdotes, ungidos em seus pecados com o óleo do perdão e no seu carisma com o
óleo da missão, devem ungir os outros”.
E como Jesus – continuou o Papa
– o sacerdote torna jubiloso o
anúncio com toda a sua pessoa. “Com a Palavra com que o Senhor
o tocou, deve fazê-lo com a alegria que toca o coração do seu povo!”. Para o
Pontífice, o anúncio da Boa Nova contém algo que compreende em si a alegria
do Evangelho, porque é jubilosa em si mesma.
O Papa especificou ainda que as três graças do Evangelho: a sua Verdade– não negociável –, a sua Misericórdia –
incondicional com todos os pecadores – e a sua Alegria –
íntima e inclusiva, não podem ser separadas.
“Nunca a verdade da
Boa-Nova poderá ser apenas uma verdade abstrata; nunca a misericórdia da
Boa-Nova poderá ser uma falsa compaixão, que deixa o pecador na sua miséria,
não lhe dando a mão para se levantar; e enfim, nunca a Boa-Nova poderá ser
triste ou neutra, porque é expressão de uma alegria inteiramente pessoal: ‘a
alegria dum Pai que não quer que se perca nenhum dos seus pequeninos’”.
Em seguida, o Papa apresentou
aos sacerdotes “três ícones de odres novos em que a Boa-Nova se conserva bem”:
O primeiro são as talhas de pedra das bodas de Caná, que bem
espelham o Odre perfeito que é Nossa Senhora, a Virgem Maria; o segundo é o cântaro que a Samaritana trazia
à cabeça, que expressa uma questão essencial: ser concreto. E o
terceiro ícone da Boa-Nova é o Odre imenso do Coração trespassado do Senhor:
integridade suave, humilde e pobre, que atrai todos a Si.
“Dele devemos aprender que, anunciar uma grande alegria
àqueles que são muito pobres, só se pode fazer de forma respeitosa e humilde,
até à humilhação. A evangelização não pode ser presunçosa. Não pode
ser rígida a integridade da verdade. Esta integridade suave dá alegria aos
pobres e reanima os pecadores”, concluiu o Pontífice.
(CM)
radiovaticana
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