sábado, 24 de maio de 2008

MARIA DE NAZARÉ


MARIA AJUDA A PERDOAR «SEMPRE E SEM CONDIÇÕES»


Sustenta a teóloga de Navarra Jutta Burggraf
Por Miriam Díez i Bosch


(Enxerto)


"Leiga e alemã de origem, professora de teologia na Universidade de Navarra, Burggraf, nesta entrevista concedida à Zenit, ao aproximar-se o final do mês de Maria, apresenta as lições de candente actualidade que a Mãe de Deus deixa.

– Qual é a atitude de Maria que lhe parece mais importante imitar em nossos dias?


Burggraf: Perdoar sempre e sem condições. Há muitas pessoas feridas em nossas sociedades, pessoas que não podem viver em paz com suas lembranças. Assim, cria-se uma espécie de mal-estar e de insatisfação gerais. Perdoar não é fácil, mas é possível com a ajuda de Deus. Nossa Mãe nos deu um exemplo esplêndido sob a Cruz. Quando ouviu as palavras de Cristo: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem», compreendeu o que Deus esperava também dela, e fez o mesmo que seu Filho: perdoou.

–Você acha que falta consciência da presença de Maria no mundo universitário e intelectual?


–Burggraf: Em uma parábola famosa do Evangelho, um fariseu agradece a Deus por ser melhor que os demais homens, e Jesus Cristo desaprova claramente esta atitude. Mas se, no caso contrário, o fariseu tivesse pensado que era pior que os demais, tampouco teria sido humilde.
Uma pessoa humilde não se compara com ninguém. Não olha nem a si mesma nem aos outros homens, como o publicano naquela parábola. Só busca Deus e se sente responsável diante d’Ele, porque sabe que Deus o olha com carinho e confiança.
Um cristão que busca ter uma presença viva de Maria, não tenta comparar-se com os demais – nem comparar aos outros entre si. Não é nunca um «rival», um «competidor». Contribui para que o ambiente a seu redor seja natural e amável, e se alegra pelo bem e pelas conquistas dos demais.
Maria nos ensina que tudo que é aparentemente grande, poderoso e triunfal não é mais que um monte de pó, se não for purificado pelo amor. Olhar para ela, a Mãe, é importante em nossa época de activismo.


Cristo, certamente, pede a seus discípulos que dêem frutos. Cristo pede frutos que permaneçam. Podemos estar completamente seguros de que o que permanece para sempre não será nosso dinheiro, nem o aplauso, nem o êxito. A única coisa que contará ao final de nossa vida será o amor que oferecemos e recebemos. Não teremos nada mais."


PAMPLONA, sexta-feira, 23 de Maio de 2008 (ZENIT.org).

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